Clássico dos vizinhos

A Liga começa para mais cinco times no próximo domingo, 17, e dois desses times fazem um clássico de vizinhos. O Valença Hunters recebe o Volta Redonda Falcons, em casa, às 14h. A promessa é de estádio lotado, afinal, quando os caçadores jogam em seu território torcida é o que não falta. O duelo marca o fim da rodada na Conferência Sul, que já conta com o RJ Islanders na liderança.

O último confronto entre as duas equipes terminou com 48 a 13 para VR (foto: divulgação)

Na pré-temporada, Hunters e Falcons compartilharam o Petrópolis Wolves como adversário e jogaram entre si. Quando o recém criado time de Valença veio à Petrópolis fez um jogo duro, mas perdeu no final por 17 a 13. Já a equipe da "Cidade do Aço", quando subiu a Serra, não conseguiu completar o jogo, pois a neblina impossibilitou o término do confronto e a partida foi encerrada no início do terceiro período com o placar marcando 2 a 0 a seu favor. Quando já estavam com os pré-requisitos completos e inscritos na LiFFA, as duas equipes se enfrentaram na quente VR e a vitória ficou com o mandante em um baile, 48 a 13. Como será que a história será escrita nesse próximo domingo?

Volta Redonda Falcons (0-0): 

Das equipes que entraram no campeonato em 2014, certamente, é uma das que mais impressionou. Começando pelo ataque: os quarterbacks têm estilos completamente diferentes. Monção, titular, é um QB scrambler, preza pelas corridas, e não tem um braço muito forte, já o seu reserva, Thuler, é mais conservador e distribui muito mais passes, além de não sair do pocket.

O ataque terrestre é bem variado. Monção junto dos HBs Diego Soares e Jr. Assis usa muitos fakes e tentativas de read-options (quando o quarterback aguarda até o último segundo para definir se vai correr com a bola ou se vai entregar para o running back). Pelo ar, João Adolpho é o alvo mais utilizado, mas os recebedores que se posicionam mais perto da lateral - wide outs - podem causar um burburinho na secundária valenciana. Outra opção que deve ser destacada é o passe curto nos recebedores. Não há passes muito longos nesse time.

Liderados por Douglas "Cachorro Louco", a defesa é bem consistente e equilibrada. Uma linha defensiva que pressiona e libera os linebackers para fazerem a marcação do passe. Uma secundária boa e que conta com um com free safety que retorna muito bem kickoffs. "Jeffinho" é a esperança de interceptações e retornos para touchdown.

Nos times especiais destaco o kicker Eduardo. O camisa 51, junto de Henri do Nova Friburgo Yetis, tem um dos chutes mais fortes da LiFFA. Saiba que a chance de touchback com ele é imensa, além dos field goals longos que, se ele estiver com a perna calibrada, pode pontuar demais.

Chave da vitória: pressionar o quarterback adversário e encaixar o jogo terrestre.

Valença Hunters (0-0):

Toda vez que penso nesse time eu vejo bons talentos individuais, mas um coletivo conturbado que não me agrada muito. A indefinição de um quarterback é um problema, mas isso é compensado com o HB Gabriel Xisto. Gosto da forma que se comporta, mas caso se contunda, é um problema para o ataque.

No jogo aéreo, Rafael Natal e Daniel Victor são as esperanças. O primeiro mencionado é o atleta mais alto da Liga e pega todas as bolas que entram no seu raio de ação. É um baita alvo de segurança. Se precisar de jogadas explosivas no fundo do campo, Daniel é o cara. Já fez dois touchdowns assim na pré-temporada. O wide receiver é baixinho, mas tem muita impulsão. Secundárias sofrerão.

A defesa é uma incógnita. Pode jogar muito bem, mas pode ceder muitos pontos. A parte que mais gosto nessa vertente é a secundária. O safety Eduardo é muito multifuncional. Esse atleta entra em blitz, faz coberturas e tem uma grande presença de campo. Para parar o ataque adversário vão precisar correr muito.

Chave da vitória: passes curtos para Rafael Natal e variação de corridas com o Xisto.