Nesse exato momento faltam 12 dias para começar a Liga Fluminense de Futebol Americano. Muita coisa aconteceu desde janeiro até aqui. Mudanças de treinador, entrada e saída de atletas, organização e desorganização de algumas equipes, por isso, selecionei 13 motivos para quem é e quem não é ligado ao torneio assistir essa temporada:
1 - A maior LiFFA de todos os tempos
Ok. Só tivemos dois torneios e estamos entrando no terceiro, mas isso não tira o tamanho que a Liga ganhou. Hoje são 11 times, três divisões e, ao todo, 26 jogos.
2 - Times que mudaram de vertente para jogar a LiFFA
Pegando carona no primeiro motivo, o torneio está tomando proporções tão grandes que três times mudaram de vertente no futebol americano para disputar a LiFFA. O Volta Redonda Falcons jogava um campeonato de flag e abriu mão para jogar essa edição do torneio, o RJ Islanders é uma equipe tradicional no cenário do FA de areia na capital e joga o mais antigo torneio do esporte no estado, o Carioca Bowl. Além dessas duas equipes o Itaipuaçu Krakens foi criado em janeiro com o foco na LiFFA, mas seus atletas são basicamente vindos da areia.
3 - Ataques terrestres
Quem gosta de assistir um futebol americano rápido e dinâmico, certamente, gosta de bons running backs e essa edição da LiFFA está recheada de corredores dos mais diversos tipos como: Pablo Dias - Krakens (baixo e ágil), Farinha - Andorinhas (alto e trombador), Léo Farah - Islanders (baixo e ágil), Jr. Assis - Falcons (baixo e trombador), Bessa - Yetis (baixo e que corta muito bem) e Gabriel Xisto - Hunters (alto e trombador), além de outros.
4 - Equilíbrio dos times
Salvo as exceções, os jogos da pré-temporada foram muito equilibrados. Certamente, há times favoritos ao título, mas o equilíbrio apresentado de fevereiro até junho foi impressionante. Vale a pena ver os times crescerem dentro da competição e, possivelmente, desbancando favoritos.
5 - Jogadores com experiência no full-pads
O nível que a Liga ganhou com a experiência que atletas que já viveram o futebol americano na capital e fora dela é inestimável. Atletas como Gabriel Zani (Vasco Patriotas), Tiago Barbosa (Vasco Patriotas), Bernardo Scofano (Botafogo F.A), Piter (Vasco) e Patrick Ribeiro (Texas State), além de muitos outros que já tiveram contato com o esporte em alto nível, dentro e fora do país.
6 - Nova Friburgo Yetis
Na estréia, o Nova Friburgo Yetis - atual campeão -, encontra o novato Giants United. A base do time campeão está mantida, isso traz ao grupo mais chances de serem bem sucedidos em 2014, por causa do entrosamento da equipe. O wide receiver Gabriel Zani deixou o Vasco Patriotas para dedicar-se apenas ao Yetis. Se o QB MVP de 2013, Hiago da Silva, botar em campo o que fez ano passado, é melhor Oilers e Giants - times da mesma divisão - se cuidarem ou rezarem. Esses são apenas dois dos muitos atletas de qualidade que compõem os "homens de gelo".
7 - Gringo
Se fora do Brasil, o brasileiro é ou era referência para o soccer, em solo canarinho os americanos se destacam e chamam atenção onde passam. Em 2014, o americano fica por conta do Macaé Oilers. A equipe conta com Patrick Ribeiro, ex-defensive end no high school de Houston, onde atuou com atletas que hoje estão na NFL, dois dos nomes mais famosos são Brandon LaFell (Patriots) e Martellus Bennett (Bears). O DE, quando estava prestes a entrar no futebol americano universitário foi chamado para jogar em universidades como Central Flórida, North Carolina, Texas e Rise.
8 - Rivalidades
A maior rivalidade da LiFFA é Rockers e Yetis, mas o encontro entre eles só acontecerá, possivelmente, em playoffs. Enquanto isso, Federals e Andorinhas e o mesmo Yetis e Oilers se enfrentam. Essas rivalidades nasceram primeiramente em amistosos e coincidiram nas divisões. Essas partidas vão pegar fogo.
9 - Playoffs
Nos dois primeiros anos da LiFFA, os primeiros colocados faziam a final na casa do time de melhor campanha. Em 2014, os playoffs mudaram e estão mais atraentes. Seis times se classificam, sendo que quatro vão para wildcard e dois já estão na semifinal. Para o torcedor é mais emoção e mais promessa de jogão.
10 - Torcida
Desde o começo da LiFFA o público sempre foi marcante. Nessa edição, com o oito times estreantes, muitos deles lotam seus estádios quando jogam em seu território. O maior exemplo é Andorinhas que enche a casa em todos os jogos e é chamada de "Seattle da LiFFA", além de Volta Redonda e Valença que deram um show. Grande número de amigos, famílias, namoradas, curiosos e entusiastas do esporte no interior.
11 - Corrida ao MVP
Como disse anteriormente, o nível aumentou devido ao número de times e jogadores experientes. Com 26 jogos no ano, muitos atletas brigarão para o MVP de julho até dezembro. Só conheceremos o MVP no fim da temporada regular e pelo menos dez atletas já estão com seus nomes na lista.
12 - Cheerleaders
O Wolves e o Rockers já tiveram e hoje quem traz essa tradição americana para a Liga é o UFF - Niterói Federals. Por causa da parceria com a Universidade Federal Fluminense a equipe estreante na LiFFA terá em seus jogos em casa as famosas líderes de torcidas que dão um show com suas manobras artísticas.
13 - O número de técnicos
O amadorismo no interior sempre trouxe à tona a falta de um técnico principal que não jogasse, mas apenas treinasse e chamasse as jogadas das equipes. Nesse ano, essa situação vai acabando aos poucos. Mais da metade dos times têm técnicos e isso dá a Liga um ar mais sério.