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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Obrigado, 2014!

Quando pensei em fazer um texto sobre 2014 fiquei em dúvida onde escrever, mas o Blog, que é uma das coisas mais importantes para mim, merece ser a casa dos meus agradecimentos. Espero não estar sendo injusto com ninguém, mas, provavelmente, devo esquecer alguém.

Em janeiro, achei que meu ano seria horrível. Pessoas importantes para mim se afastaram e eu achei que os outros 11 meses seriam longos e que se arrastariam, ainda bem que foi diferente. Logo no fim do primeiro mês do ano, aparece um banner no Facebook com o Camp da AFWB, meu Deus, aquilo já valeu o ano.

Cheguei perto de caras que eu nunca pensei que fosse chegar: Marshawn Lynch, Golden Tate, Alex Mack, Everaldo Marques, Paulo Antunes e o Brian Brohm, que eu gostava mas foi seco comigo haha. Assim como cheguei perto, pude compartilhar desse momento histórico com pessoas que fazem o futebol americano acontecer no interior, como o Tiago Barbosa, Bernardo Scofano e Gabriel Zani - melhor amigo do Lynch.

Em março, pensei que precisava criar algo com a minha cara e sempre envolvido com o futebol americano. No dia 11, inaugurei o blog, basicamente, meu filho. No começo, era totalmente angulado para a NFL, só que eu já escrevo pro End Zone Brasil e sentia que a LiFFA precisava de um meio que gerasse conteúdo. Mesmo sem remuneração, é um prazer indescritível ver as pessoas agradecendo por ter o Blog. Hoje, 23 de dezembro, o Opinião F.A já passou dos 54.000 acessos. Parece pouco, mas para um campeonato amador que é muito pequeno ainda, eu acho um número alto.

Ainda sobre o Blog, em agosto por motivos de força maior (suspensão), fiz a Rádio Opinião F.A simplesmente sem pretensão nenhuma e o pessoal aderiu mais do que eu imaginava. Agradeço imensamente ao Guilherme 'Picolé', Friedmann Gerber, Bernardo Scofano, Gabriel Zani, Tiago Barbosa, Celso Fiorani, Claudio Alves, João Gabriel, Pedro Augusto, Daniel Gazelle, Philippe Sarkis e mais uma cacetada de pessoas que ajudaram de formas distintas, sendo com a técnica da rádio, comentários, divulgação e transporte. Eu não tenho palavras para agradecer a ajuda e a amizade de cada um. 

Outra coisa que me fez feliz para caramba foi o curso de locução esportiva com o Edson Mauro. Ele é muito gente fina e craque. Não me fiz narrador, mas conheci gente talentosa e agradeço à minha mãe que deu um incentivo e à minha chefe, Daniela Moreira que sempre foi muito compreensiva e deixou eu fazer horários alternativos para conquistar cada passo nessa caminhada. 

Falando em caminhada, 2014 foi mais especial ainda pois cheguei em um lugar que eu só pensava em chegar daqui a quatro, cinco anos. Eu, assim como muita gente, não acreditava que esse dia chegaria, ou até, existiria. Mas felizmente consegui comentar dois jogos de NFL no Esporte Interativo. As quase seis horas de transmissão em que estive no ar me trouxeram um prazer inexplicável. Agradeço ao Raiam dos Santos por ter me apresentado ao Octavio Neto que me indicou para comentar os jogos, ao Guilherme Beltrão pela moral e tranquilidade passada. Pra quem vê de longe parece pouco, mas acho lindo de chorar ter comentado um Prime Time no Thanksgiving Day.

O que eu vivi em 365 dias foi o bastante para dizer que foi o melhor ano da minha vida. Não é clichê, realmente nunca vivi nada parecido com isso. Cada pessoa que eu conheci, cada pessoa que eu reafirmei minhas amizades, cada pessoa que ficou estressada comigo e quis me ofender, cada um que não acreditava em mim e que por 'A+B' eu pude mostrar que é possível fazer do Futebol Americano um esporte pra brasileiro ver. Agradeço por cada esporro, cada ensinamento de tática, regras e cada momento que respirei FA.

Amigos, que o 2014 de vocês tenha sido tão bom pra vocês quanto foi pra mim. Que 2015 seja maravilhoso, como muita bola oval, polêmicas e a união que faz o esporte crescer no Brasil. Que eu seja dependente de cada um para poder continuar crescendo, pois sem público não se faz Blog e sem amigos não se faz uma vida. É Toss.  

Pedidos de Natal

Com o RJ Islanders campeão da LiFFA 2014, muita gente já estava pensando em 2015 faz tempo e, agora, é tempo de pedir um presente pro Papai Noel, mesmo sendo um bom ou um mal time durante os últimos 365 dias. Veja o que cada um precisa pedir ao bom velhinho:

RJ Islanders:

Mesmo tendo sido campeão e com um elenco enorme, Vavo está chegando ao fim de sua longa carreira no FA do estado. Então, um QB de qualidade é sempre bom. Dizem que ao fim do Carioca Bowl - julho, salvo o engano - o camisa 11 dos Insulanos se aposenta e em maio, Bruno Monção volta aos treinos. Pode ser que o baixinho seja uma opção para o time da Ilha.

Macaé Oilers:

O que faltou pro Macaé, apesar de compensar na raça, foi um elenco mais extenso. O time é bom e tem futuro, mas ter 25 atletas pesou na hora do 'vamos ver'. Então, que o saco do Papai Noel traga mais uns 15 atletas para compor esse elenco.

Volta Redonda Falcons:

Levando em consideração que fizeram jogos duros com o campeão e só perdeu para eles, VR precisa se reformular e montar um playbook para Chris Thuler ser o titular em 2015. Esse playbook mais focado em um QB pocket só precisa dar ao camisa 7 conforto. Ele é bom e em pouco tempo pode figurar como um dos melhores passadores do torneio.

Nova Friburgo Yetis:

Candidato ao título, mas sucumbiu para os Oilers na semifinal. Seu principal defeito naquele fatídico jogo foi a OL. O time jogou mal pois a Linha Ofensiva não dava tempo para Gabriel Zani. Que o bom velhinho traga mais algumas peças gordinhas para os 'Homens de Gelo'.

Itaipuaçu Krakens:

O time de Itaipuaçu não é de todo mal, só que se perde dentro da própria cabeça. Muitas vezes eu vi os Krakens preferindo reclamar do que se acertar e mudar alguma coisa no seu jogo. Que os 'Krakudos' tenham mais cabeça, maturidade e vontade em 2015.

UFF-Niterói Federals:

Os Federals foi o time que eu menos acompanhei nesse campeonato, mas eu gostei do seu desempenho. Só achei que faltou um substituto imediato para QB. O time ficou totalmente perdido quando Wallace foi titular e com Mucilon melhorou, mas não foi tudo isso que se esperava. 

Andorinhas F.A:

Os 'Black Birds' mitaram com a vinda de Edgard e acho que não preciso falar mais nada sobre presentes de Natal. Eu só tentaria trazer mais um bom recebedor para fechar com o Cacarlos e dar mais uma opção ao E16.

Petrópolis Wolves:

Com o QB novato, Murilo e o RB João 'Holyfield', o ataque tinha tudo pra ir bem, mas faltaram gordinhos na proteção. Que 2015 os Wolves tragam
uma OL, assim João corre, Murilo lança e o ataque começa a andar.

Teresópolis Rockers:

Edgard e Farnum para Magé e o resto do time para o Linhares Panthers, confesso que não sei se há um Rockers em Terê. Para voltar a ser grande precisa reformular o elenco todo. Divulgar na cidade, o que Teresópolis precisa: um time.

Valença Hunters:

Valença não tem jogadores ruins. Eles apenas carecem de alguém que os ensine futebol americano e não algo que eles acham que parece com NFL. Um Head Coach é o ideal. Pedro Giardini, ex-OL dos Wolves, foi cogitado, mas o nome mais recente foi o de Bruno Monção que não aceitará o cargo.

Giants United:

Sem brincadeiras mais e agora é sério: para existir futebol americano em Itaperuna precisa juntar Giants e Blackstones. Não é mais uma questão de agradar, é questão de existir. Uma cidade não pode ser conhecida por tomar lavadas, por não comparecer aos jogos ou por marcar um amistoso no dia da final do torneio que se quer disputar. É preciso unir e exterminar egos.

Bom Natal a todos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Sel.Brasileira x Sel.Carioca é na Rádio Opinião

Quando eu achava que tinha fechado o ano com um jogaço entre Vasco e T-Rex, vi que 2014 podia terminar melhor. No próximo domingo (21), às 14h50, direto do Luso Brasileiro, a Rádio Opinião F.A transmite o jogaço entre Seleção Brasileira contra a Seleção Carioca. O duelo serve de preparação para o amistoso contra o Panamá, dia 31 de janeiro, que vale vaga na Copa do Mundo da Suécia.

A entrada para o jogo custa R$ 10,00
Essa partida certamente coloca frente a frente uma grande quantidade de atletas que, possivelmente, são os melhores do país na atualidade. Do lado canarinho há o QB Ramon Martire, o RB Rômulo Ramos, o WR Lipe Fernandes, o LB Gerson 'Polamalu', o CB Bruno 'Sapo' Rosa, entre outros cracaços. Pelo Rio, os americanos Lucas Shaw, Joshua Canup e KC Frost marcam presença, além do MVP da final do TTD, o WR Rudá Andrade e mais uma série de bons atletas cariocas.

Eu estarei nessa transmissão com o ex-safety do Botafogo F.A, Bernardo Scofano e com o Wide Receiver campeão do Torneio Touchdown com o Vasco da Gama, Tiago Barbosa.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Melhores do Ano

Sem mais delongas e com um atraso básico, chegou a hora de anunciar os vencedores de cada prêmio. Antes de tudo, gostaria de agradecer a todos que ajudaram na manutenção do blog e acreditaram nesse projeto.

Vencedores:

Most Valuable Player (MVP) - Vavo Calvet - QB - RJ Islanders (11 votos)


Melhor Jogador Ofensivo - Gabriel Zani - QB - Nova Friburgo Yetis (9 votos)



Melhor Jogador Defensivo - Patrick Ribeiro - DE - Macaé Oilers (16 votos)

 

Atleta Revelação - Bruno Monção - QB - Volta Redonda Falcons (8 votos)


Melhor Técnico - Bernardo Scofano - HC - Nova Friburgo Yetis (13 votos)


Comeback player do Ano - Serjão Soares - OL - Andorinhas F.A


Jogo do Ano - Nova Friburgo Yetis 31 @ 27 Macaé Oilers

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Candidatos ao Melhor Jogador Ofensivo

A final da LiFFA acontece no próximo dia 14 de dezembro no Clube dos Taifeiros na Ilha do Governador, onde o time da casa, o RJ Islanders recebe o Macaé Oilers. A partida acontecerá às 14h e terá transmissão da Rádio Opinião F.A nesse link.

Gostaria de dizer que não é uma nova versão do prêmio de MVP, mas dois dos três candidatos ao prêmio de melhor jogador de ataque da temporada também podem vencer o de melhor atleta no geral. Vamos aos candidatos:

Bruno Monção - QB - Volta Redonda Falcons

Arisco, inteligente e com personalidade. Esses fatores colocaram o jovem Bruno Monção com uma grande peça ofensiva e que qualquer um gostaria de tê-lo. Sem um braço muito potente, mas com passes curtos, a a equipe do Vale do aço 'se fez' com a versatilidade do baixinho.
Hoje, o camisa 11 está sem time, mas já há uma penca de equipes lhe mostrando projetos para quando sua recuperação estiver concluída ele se junte a algum elenco. Monção teve poucas interceptações e muitos touchdowns. Será que ele desbanca os outro dois Quarterbacks?

Gabriel Zani - QB - Nova Friburgo Yetis

Em mais uma briga por prêmios fica difícil falar que Zani não teve uma temporada espetacular. O título não veio, mas mostrou que não é por ser móvel que ele se aventura quase sempre em corridas. O camisa 80 tem muita noção de pocket e sabe se mexer no bolsão de proteção. Foi fundamental nesse ataque e distribuindo bolas para vários alvos nas partidas.
 
O também pequenino voltou a ser Quarterback em 2014, pois desempenhava a posição antes de ser recebedor. Na temporada regular ele acertou 50 de 101 passes tentados, 618 jardas, 9 TDs e 2 Ints, terminando com o NFL Rating de 90.2.

Vavo Calvet - QB - RJ Islanders
 
Também na briga por mais um prêmio, Vavo é praticamente imóvel e com um Linha Ofensiva fazendo um trabalho magnífico, suas características foram preservadas durante todo o ano. Sua dupla com Léo Farah e passes sem pressão para seu grandes recebedores lhe trouxeram até a chance de vencer esse prêmio.
Como já disse em um texto anterior, o camisa 11 é diferenciado na Liga. São quase dez anos de F.A, além de sempre ter jogado com a nata carioca. Sua experiência é uma das maiores da Liga. Será que da 'Brett Vavo'?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Matchups da final

Toda final tem seus confrontos interessantes dentro da partida. Por isso, o jogo mais importante do ano torna esses duelos um pouco mais físicos e importantes, afinal, ninguém quer comprometer o time no dia mais importante do ano. E para quem ainda não sabe, esse partidaço será no dia 14 de dezembro, às 14h, na Ilha do Governador.

Matchups:

Vavo x Linha Defensiva dos Oilers

Quando se fala no QB dos Islanders, logo se pensa na paz em pessoa dentro de um pocket bem formado e limpo. Infelizmente não tive presente nos dois jogos contra o VR Falcons para saber como foi os ataques ao lançador, mas a pressão que ele vai sofrer por parte dos comandados pelo DE Patrick Ribeiro é grande. Essa pressão vai ser crucial para que apressem os passes e assim a qualidade deles seja menor e tentar dificultar a leitura das rotas dos recebedores do camisa 11. 
Semifinal entre Islanders x Falcons
Por outro lado, se o veterano tiver tempo, é só 'embalar pra viagem'. Não vai restar nada da defesa, pois ele não vai errar e seus recebedores são muito bons, possivelmente os melhores em talento individual. Sendo assim, vai ser um espetáculo para quem tiver de fora.

WRs dos Islanders x Secundária dos Oilers

O corpo de recebedores dos Insulanos tem um grande número de alvos de qualidade, assim como os Yetis tem, ou seja, para poderem vencer vão depender do item acima. Ok, com pressão da DL a secundária funciona, mas e se não tiver esses ataques, será que eles dão conta? A resposta, na minha opinião, é não. Quando vemos os elegíveis cariocas lembramos que além de serem bons, eles jogam com e contra os melhores do estado, além de alguns dos mais qualificados do Brasil, sendo assim, uma secundária novata não conseguiria resistir - nem na base do coração.
Gabriel Lázaro e recebedores x secundária dos Islanders

Até que ponto Lázaro é maduro para conduzir esse time ao título? Com o jogo parelho eu acredito que seja capaz, mas os Insulanos abrirem 10, 14 pontos, ele pode ficar previsível e tentar evitar isso é permanecer vivo nessa disputa. Falando dos recebedores, são apenas três e dois que realmente são efetivos: Bruno e Daniel. Se abre um cenário quando enfrentam a melhor secundária da Liga: ou os dois vão mostrar sua qualidade na essência ou simplesmente serão anulados e só terão que bloquear para o jogo terrestre.

No outro lado da moeda, os Islanders terão que tomar conta do fundo do campo com Bruno Oliveira e com as rotas curtas efetivas de Daniel. Se essas bolas começarem a entrar o jogo vai terminar - em um cenário emocionante - 30 x 30.


Fernando/Júnior/Diogo x Front Seven Insulano

Um grupo de corredores que surpreendeu será, pelo menos, no pior dos casos, uma válvula de escape que PRECISA funcionar. Cada um tem um estilo e que se trabalhado da forma correta - com fakes e playactions - pode dar muito certo. Vão pegar uma Linha pesada e que bate forte. A guerra ali na trincheira com o backfield e com o Front Seven vai dar faísca. Se as corridas não entrarem vai sobrecarregar o passe.
Fernando é baixinho, mas não foge do contato.
Se as investidas terrestres entrarem, a liberdade pra criar jogadas vai ser maior, além de não precisar ficar forçando nada. Equilíbrio entre corridas e passes é importante pra qualquer time, em uma final, onde qualquer deslize é fatal, pode ficar sossegado quanto ao vício de jogadas é um ponto positivo.

Candidatos ao MVP

Confesso que ainda não sei se haverá troféu pros vencedores. Mas título é bom e todo mundo gosta. Na reportagem de hoje, vocês vão conhecer os três atletas mais votados para MVP, sendo dois deles finalistas e Quarterbacks:

Gabriel Lázaro - QB - Macaé Oilers:

Se o campeonato começou com Edgard, Vavo, Gabriel Zani e Bruno Andrews como os lançadores mais falados, quem chegou comendo pelas beiradas e, hoje, além de finalista, concorre ao MVP, é Gabriel Lazaro.
Em sua primeira temporada como Quarterback, o camisa 10 ainda não lançou interceptações e tem um dos braços mais fortes da Liga. Sua garra também como FS e KR é admirável. No terceiro jogo contra os Yetis atuou com o olho inchado e como em todo campeonato foi peça fundamental no ataque.

Gabriel Zani - QB - Nova Friburgo Yetis

O Head Coach Bernardo Scofano disse antes do primeiro jogo da temporada que os Yetis iam jogar para se divertir e mudanças 'engraçadinhas' aconteceriam. Logo no primeiro snap, Hiago - até então como QB - faz um shift com Gabriel Zani - que estava posicionado de WR - e ai começou a ousadia.
O camisa 80 voltou a ser Quarterback, posição que desempenhava antes de se alinhar como recebedor. Na temporada regular ele acertou 50 de 101 passes tentados, 618 jardas, 9 TDs e 2 Ints, terminando com o NFL Rating de 90.2.

Vavo Calvet - QB - RJ Islanders

Praticamente imóvel e com um Linha Ofensiva fazendo um trabalho magnífico, suas características foram preservadas durante todo o ano. Sua dupla com Léo Farah e passes sem pressão para seu grandes recebedores lhe trouxeram até a chance de vencer esse prêmio.
Como já disse em um texto anterior, o camisa 11 é diferenciado na Liga. São quase dez anos de F.A, além de sempre ter jogado com a nata carioca. Sua experiência é uma das maiores da Liga. Será que da 'Brett Vavo'?


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O tabu das finais

Todo campeonato que se preze tem que ter alguns tabus, e a LiFFA tem os dela. No próximo domingo (14), se levarmos em consideração a história das finais, Macaé está com uma boa margem de 'ajuda'. Veja as 'vantagens' que o destino pode oferecer aos Oilers:

- Vistante campeão:

Desde o começo, em 2012, sempre os visitantes levaram a taça para casa. Em 2012, o Teresópolis Rockers viajou até Itaperuna para jogar contra os Blackstones e, em 2013, o Nova Friburgo Yetis sagrou-se campeão em Petrópolis, contra os Wolves.
2014: Macaé joga fora de casa.

- O campeão sempre teve pelo menos um jogo vencido por W.O:

Os Rockers foram os primeiros campeões da Liga.
Outra coincidência é que o vencedor da temporada sempre teve um jogo vencido por ausência do adversário, ou seja, W.O. Em 2012, os Rockers venceram o Nova Friburgo Yetis dessa forma, pois a equipe friburguense teve um problema com o transporte. Já em 2013, foi a vez dos Yetis vencerem desse jeito. Com a saída de Blackstones e Jubartes do campeonato, foram duas vitórias.

2014: Macaé venceu o Giants United por W.O

- O time perdedor sempre aplicou a maior goleada daquela edição:

Em 2012, o Itaperuna Blackstones passou um 49 a 0 em cima do Wolves, em Itaperuna. Em 2013, o Petrópolis Wolves devolveu a derrota da temporada anterior com um 90 a 0, na Cidade Imperial.

2014: RJ Islanders aplicou 80 a 0 no Valença Hunters.

- Quarterbacks com apelido sempre perdem:

Dos tabus apresentados, esse, talvez, seja o menos relevante, mas é um fato curioso. Nenhum QB conhecido pelo apelido foi campeão: em 2012, C.J era o lançador de Itaperuna e em 2013, Drake lançava bolas para os petropolitanos. Edgard triunfou em 2012 e Hiago em 2013.
  
2014: Vavo é o QB dos Islanders e Gabriel Lázaro para Macaé. 

- Campeão sem interceptação: 


Desde a primeira LiFFA, o campeão teve um quarterback que não sofre interceptações durante toda a temporada regular. Em 2012, Edgard e em 2013, Hiago, chegaram até a final zerados.

2014: Gabriel Lázaro não sofreu interceptações.

- Vice-invicto

Quem chega a final com uma campanha sem derrotas sempre perde a final: em 2012, os Blackstones e em 2013, os Wolves. Os campeões chegaram até a final com pelo menos uma derrota e sempre para seu adversário na final.   

- Tabu quebrado:

Um tabu que já foi quebrado essa temporada é que os times finalistas sempre se encontravam na fase regular e o vencedor do duelo sempre perdia na final: Blackstones 14 x 13 Rockers (na final, Blackstones 2 x 26 Rockers) e Wolves 6 x 3 Yetis (na final, Wolves 16 x 19 Yetis). 

2014: Macaé e Rio de Janeiro não se enfrentaram.

A caminhada dos finalistas

A final da LiFFA acontece no próximo dia 14 de dezembro, às 14h, na Ilha do Governador. O encontro de Oilers e Islanders nos propícia um espetáculo que tem tudo pra ser de alta qualidade. E se chegaram à final, com certeza fizeram um percurso. Veja o retrospecto de ambos até aqui:

RJ Islanders (5-0):

Na pré-temporada, em junho, a equipe fez apenas um amistoso e passou o carro em cima dos Krakens por 43 a 0. Naquela ocasião, teve retorno de punt para touchdown do convocado pra Seleção Brasileira, o LB Pablo Chalfun. Pablo Dias fez um bom jogo para os 'Krakudos'. Tem até vídeo.
Em agosto, na sua estreia na LiFFA, enfrentou os atuais vice-campeões, o Petrópolis Wolves. Nesse duelo, os Insulanos também jogaram muito e castigaram o adversário com corridas de Léo Farah e um Vavo pouco utilizado, fazendo passes apenas em situações de red zone. 33 a 7 sem sufocos.
Os Islanders sofreram pontos apenas nos especialistas nesse duelo
No feriado de 7 de setembro, a equipe iria estrear sua casa na LiFFA contra o Valença Hunters, só que uma série de motivos que foram apresentados como: falta de grama no campo e até a presença de cacos de vidro. Com isso, os valencianos, até então, tinham vencido por W.O, mas o Colegiado reverteu a decisão e os times se enfrentaram três semanas depois, em outro estádio. O resultado aplicado foi o segundo maior da história do torneio: RJ Islanders 80 x 00 Valença Hunters. 

No dia 12 de outubro, os finalistas tiveram seu primeiro grande desafio no campeonato, o Volta Redonda Falcons. Com um Bruno Monção voando e uma defesa muito bem arrumada pelo DC - e agora HC - Marcelo Arantes, quase derrubaram o time do QB Vavo em solo carioca. O jogo acabou 18 a 15 para a galera da 'Onda Laranja'.

No dia de finados, os Islanders enterraram a sequência de três vitórias da equipe da UFF. Com um ataque possante e com o TE Paulo Abrantes jogando o fino da bola, o placar terminou 41 a 07 para o time da Ilha. Com o triunfo, eles se classificaram no primeiro lugar geral da LiFFA.

Com uma folga merecida na primeira rodada dos playoffs, os Islanders só voltaram a campo para a semifinal da LiFFA, na oportunidade, novamente contra o VR Falcons. Dessa vez, sem o QB Bruno Monção que teve uma fratura na fíbula contra os Krakens no Wild Card. O jogo teve os ataques mais bem estabelecidos e mais pontos foram marcados. Novamente por uma posse de bola ou menos, os cariocas venceram, dessa vez por 35 a 27. Vaga na final garantida e um adversário que começou meio desacreditado, mas cresceu dentro da competição, assim como os grandes times fazem.

No fim do jogo, os Islanders mostraram um faixa com a frase: "Força Cece!"
Macaé Oilers (4-2):
Assim como os Islanders, Macaé teve que fazer amistoso para poder entrar na LiFFA. Seu primeiro jogo foi contra o Nova Friburgo Yetis - começou ai a ostentação de jogos entre esses dois times. Aquele 30 de março, na Serra Fluminense, mostrou um time com potencial e liderados por um gringo. Naquele dia foi um jogo apertado contra os atuais campeões: 19 a 13 para o time da casa.
No fim de junho, em casa, os Oilers enfrentaram o UFF-Niterói Federals como seu último desafio pré-LiFFA. Um jogo tranquilo e que servia apenas de teste teve o resultado favorável ao time do Norte do Rio. 16 a 02 e uma boa preparação para o torneio.
 Em 17 de agosto aconteceu sua estreia na LiFFA. O jogo foi em Conceição de Macabú contra o Nova Friburgo Yetis, no, sem dúvida, melhor estádio que a LiFFA já recebeu um jogo. E já que tinha iluminação artificial, então que fosse usada. O primeiro tempo terminou com um baile dos macaenses: 27 a 3. Tudo dava errado pros friburguenses que reagiram e viraram no 'apagar das luzes' para 31 a 27 faltando 50 segundos para o fim do partidaço.
O jogo contou com o apoio da Prefeitura de Conceição.
Em 31 de agosto, os Oilers viajaram até Itaperuna para enfrentar os Giants. O pagode foi cruel e os times liderados pelo americano com coração de brasileiro, Patrick Ribeiro, fizeram um 49 a 02 sem piedade. Vale lembrar que por desistência não houve o jogo da volta e Macaé venceu por W.O, ou seja, mais 49 pontinhos na conta.

O terceiro duelo entre Macaé aconteceu em Friburgo no dia 12 de outubro. Novamente outro jogo definido no sufoco. A partida definia o campeão da divisão, mas Macaé sucumbiu novamente aos Yetis, dessa vez na prorrogação, 27 a 20. Com a derrota, eles viriam a se classificar em sexto e o seu adversário em segundo geral.
Diogo fazendo o primeiro TD após corrida lateral
Em 16 de novembro, os Oilers foram até Niterói enfrentar os Federals que recém tinha sido derrotados pelos seus adversário do próximo domingo (14). Um jogo truncado, com desfalques dos dois lados e baseado no jogo terrestre. Um 9 a 3 sem muitas emoções, mas que garantiram a quarta partida entre Yetis e Oilers no ano.

Em 30 de novembro, os Yetis chegaram como favoritos, afinal, eram três vitórias e nenhuma derrota contra os macaenses. E quem esperava uma dominância serrana se deparou com um Macaé jogando com coração, como se cada jogada fosse a última e fazendo uma pressão descomunal em Gabriel Zani. Ai foi só embalar e levar pra viagem. 26 a 03 e a vaga na final garantida.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Entrevista exclusiva: Edgard Monteiro

O primeiro MVP da história da Liga Fluminense de Futebol Americano, Edgard Monteiro, abre o jogo sobre sua ida para o Andorinhas F.A e sobre os Rockers - time que o consagrou. O QB fez sua estreia no amistoso contra o Rio das Ostras Warriors e venceu pelo placar de 32 a 0. Junto de Edgard, o OL/DL Farnum e o DL Hurley Carter agora também são Black Birds.
Edgard usa a camisa 16 em homenagem a Joe Montana
P: O que te motivou a ir pro Andorinhas?

R: Há vários times que eu gosto muito, mas também sempre tive vontade de jogar com mais amigos que fiz ao longo do tempo na LiFFA. Até tive outras conversas, mas com o Serjão, Ricardo e principalmente com o Davi com quem sempre foram mais longas e o Davi depois de qualquer brincadeira chamava pra conversar sério sobre isso. E além disso, o carinho que as pessoas de lá, jogadores e familiares sempre mostraram por mim sempre foi algo inexplicável.

P: Que Edgard nós podemos esperar para 2015?


R: Podem esperar um atleta bem motivado e dedicado a melhorar cada vez mais. Eu quero ser campeão, mas levantar a taça é conseqüência de muitas coisas. Eu falo de sair do campo tendo a certeza de que jogou fazendo valer a pena e como um campeão.


P: Você nunca teve uma Linha Ofensiva de qualidade e que te desse muito tempo no pocket. O Andorinhas tem essa característica de proteger bem o seu lançador. Você acha que seu estilo de jogo muda um pouco com a proteção no pocket?
           
R: Vou ter que me adaptar um pouco a isso, acho que a pressão o tempo todo faz o jogador criar alguns vícios. Além do problema de acabar se precipitando às vezes. Acredito que vou precisar controlar mais as pernas e usar o tempo que tiver no pocket. Vai ser muito bom, tenho certeza que com o apoio do pessoal vou evoluir mais ainda como jogador.  

 
P: Você acha que por ser uma referência de bom caráter e bom atleta, o time de Magé pode contar com outros jogadores da LiFFA para o ano que vem, apenas por terem o Edgard?


R: Acho que tenho que melhorar no treinamento pra ser de verdade um bom atleta. Quanto a contar apenas por eu estar lá, talvez no primeiro momento. Espero que esse efeito aconteça, tem muita gente que eu gostaria de jogar junto. Mas, sinceramente, o Andorinhas é um time que oferece muito ao jogador e só vai ficar quem realmente quiser se dedicar e amar esse time.



P: Qual o real problema do Rockers desde 2013? Qual o motivo do time não conseguir novos atletas e atrair a torcida?

R: Isso é um tópico de conversa entre nós mesmos: falhas na liderança do time com certeza é um motivo. Isso nós concordamos. Mas acredito também em uma acomodação que aconteceu logo depois de ganhar o campeonato. Ninguém se mantém na cabeça se não continuar o objetivo de ser campeão no seu dia a dia, isso influencia todos os setores do time na minha opinião.


Edgard marcando um touchdowns na partida contra os Krakens
P: Atletas do Teresópolis Rockers postaram fotos com mensagens de ofensa à LiFFA após terem seu placar revertido contra o Krakens. Como você avalia a atitude dos atletas?

 R: Acho que cada um tem direito de expressar sua opinião, ninguém consegue agradar a todos. Mas não é a minha forma de agir. Acho que acaba sendo uma reação natural do ser humano desrespeitar algo quando se sente desrespeitado e é complicado, pois isso depende da paciência de cada um. Eu prefiro tentar fazer com que as coisas se acertem e absorver, usar de força pra crescer, mas respeito e até entendo quem explode. 


P: Os anos passaram e cada vez mais os Rockers perderam atletas, então: você acha que haverá Teresópolis Rockers em 2015?
           
R: Com certeza, o Rockers não acabou e não pretendemos que acabe, ainda esta sendo visto o rumo que vamos tomar, estamos procurando nos unir mais. O Serjão já sabe disso e tenho todo apoio dele pra continuar trabalhando com o Rockers sem entrar em conflito de interesses.
 Ao meu ver, e de alguns da diretoria, é um momento delicado de arrumar a casa. O campeonato hoje é muito competitivo, e não cabe pensar que em curto período algum time vai conseguir reestruturar. Temos que mudar a mentalidade e isso demora mais do que arrumar novos jogadores. 
 Como será o ano de 2015 ainda não sabemos, mas a maioria da diretoria já se manifestou contra a disputar o campeonato do ano que vem. Se a equipe continua na LiFFA ou quando volta a disputar ainda não sabemos. A minha vontade é de que continue na Liga. Mas essa é a minha vontade.

P: Como os seus companheiros reagiram com a sua saída?

R: Estou tendo bastante apoio dos meus companheiros, eles entenderam. No fundo o pessoal está bem ciente das coisas e percebe a situação da equipe. Talvez um ou outro mais desligado ainda não esteja sabendo. Mas no geral tenho apoio.

P: Com a ida do Pablo para Andorinhas - um dos seus alvos favoritos no ano do título -, você acha que dá pra reviver os bons tempos com o camisa 89?


R: Essa pergunta me faz abrir um sorriso. Espero que isso aconteça. Nós dois e quem mais chegar pra jogar no Andorinhas terá que trabalhar duro. O time tem um elenco forte e ótimos jogadores em cada um das posições, mas não posso negar que é mais fácil a sintonia com um jogador que já conheço há um bom tempo em campo e de longa data fora dele. É um cara que eu admiro muito e fico muito feliz de poder ter ao meu lado, espero que recupere logo qualquer lesão e que possamos nos sair bem. Agora, pelo que eu tenho visto e como tem sido os treinos tem muita coisa boa pra acontecer. O time tem um grande futuro.


Deixe uma mensagem para a imensa torcida do Andorinhas animá-los para a próxima temporada.

Contem com o melhor de mim e o melhor de cada um que estou conhecendo. Pode ter certeza que é um time campeão, só precisamos abraçar isso. Não posso prometer títulos, mas posso prometer que terão tudo de mim enquanto estiver vestindo essa camisa, fora de campo, nos treinos e nos jogos, na sideline ou atuando. Vocês merecem o melhor de mim e não pretendo lhes oferecer menos que isso!
 

 

Abre aspas

Faltam exatos cinco dias para a final da maior LiFFA da história. De um lado o RJ Islanders e do outro o Macaé Oilers. O Opinião F.A foi atrás de personagens que farão parte dessa final épica na Ilha do Governador.

"Eu espero uma final disputada e bem física. Nós estamos focados em corrigir nossos erros da semifinal. Sabemos que eles são mais experientes, por isso, são os favoritos. Estamos nos preparando para ganhar"                                                               
                                                                                                                        (Thiago 'Vovô - OC e DC)




"Eu estou esperando um jogo duro! Conhecemos pouco dos Oilers, mas sabemos que eles não chegaram à toa! Nos preparamos bem pro pouco que vimos ao vivo na partida deles contra os Federals. Temos algumas surpresas de variação de jogo que ainda não foram usadas, e esperamos estar preparados para as surpresas que eles prepararam para nós."
                                                                                                                              (Vavo - Quarterback)

"Acho que vai ser um jogo pesado, será bem disputado. Nós estamos treinando, muito, muito, muito mesmo a parte técnica, parando corridas, pressão na Linha Ofensiva. (...) Nossa secundária é melhor do que as pessoas pensam e temos pessoas lá atrás que estão preparadas. Tackle, tackle, tackle!"
         (Patrick Ribeiro - Defensive Lineman)

                                                                         
"Creio que a final será o melhor jogo da LiFFA. Eu tive a oportunidade de ver o trabalho deles contra os Federals e mesmo levando pouca gente é uma boa equipe. (...) Sinto que esse time é forte pelo trabalho em grupo e destaco o Patrick (DL) e o Gabriel (QB) como armas perigosas."
                                                                         (Léo Farah - Running Back)                    
                                                                          
                                   



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Dois Quarterbacks, duas maneiras de jogar

A final da LiFFA acontece no próximo dia 14 de dezembro, às 14h, na Ilha do Governador. Lá vão se encontrar os dois melhores times da atualidade no interior do Rio de Janeiro. Durante a semana o Opinião F.A vai levar informação e aspectos especiais desse jogo. Um deles é a diferença dos quarterbacks em estilo de jogo e experiência.

Se, talvez, a máquina pensante do ataque seja o Quarterback, Vavo (Islanders) e Gabriel Lazaro (Oilers) são totalmente opostos nas suas características e carreiras no esporte.

Vavo (esq.) joga FA desde 2005, enquanto Lázaro (dir.) fez sua estreia em 2014.
Vavo, camisa 11, é basicamente um líder nato dentro de uma equipe que erra pouco, como são os Insulanos. Ele é alto e já não é mais nenhuma criança. O lançador dos Islanders joga futebol americano desde 2005. Era Wide Receiver, mas o tempo passou e a mobilidade ficou no passado. Hoje, é quem faz os passes para os bons recebedores da Ilha sem sair do pocket - parece até uma Estátua da Liberdade - e, certamente, é o QB mais tranquilo da LiFFA para poder fazer uma campanha de dois minutos, segurando o relógio e fazendo leituras seguidas de audibles que podem destruir qualquer defesa bem montada. Seu braço forte instiga à big plays, só que a segurança de um passe curto bem feito o diferencia. Seus anos no esporte o fazem conhecedor da vida e do jogo, por isso Vavo é um cascudo e que pode ser crucial na final.

Gabriel Lázaro é a evolução personificada. Seu primeiro jogo na vida foi em 2014, em março, pelos Oilers. Foi terrível e aqueles erros de calouro apareciam. A vontade da big play era enorme, algumas até entravam, mas não empolgava. O critiquei ferrenhamente e, hoje, acredito nele. Seu psicológico é forte, mas vai enfrentar um time que faz um trash talking pesado. Que entra na sua cabeça, podendo até atrapalhar seu desempenho. Falando em performance, Lázaro é tão móvel e versátil! É empolgante, só que muito arriscado. Ele joga, às vezes, como safety e é retornador. Isso é muito FABR com uma pitada de insanidade! Se 'Brett Vavo' é Pocket Passer, Lázaro adora um perigo com jogadas que ele faz dropbacks.Vejo que suas investidas bem sucedidas se dão na base do coração e isso pode ser fundamental em uma final. Se precisar soltar o braço ele pode surpreender com uma jogada explosiva.

Se de um lado há uma racionalidade acima do nível da LiFFA, do outro o coração pulsa pela jarda extra. No Rio veremos um choque de gerações, podendo ser uma batalha épica e que, agora, verdadeiramente aparecerão os heróis e os vilões, os homens e os meninos.

Quem leva a melhor? O coração ou a razão?


Artini não é mais jogador dos Yetis

O ano de 2014 prometia muito para a equipe de Nova Friburgo, ainda mais por fechar com bons atletas que eram do Rio das Ostras Warriors, como o LB Bruno Rocha, C Pablo Buty, WR Augusto Monteiro e o OL Artini Teles. Sendo o último mencionado o assunto de hoje. Por motivos pessoais e profissionais, ele não é mais atleta dos Yetis.

O camisa 71 é enorme, até fez uma boa temporada, mas a semifinal contra os Oilers foi o seu último jogo vestindo a camisa dos 'Homens de Gelo'. Em despedida, 'Tininho' fez um post no grupo do NF Yetis dizendo que não prosseguirá com o elenco para 2015.

"Gostaria de agradecer a todos por ter compartilhado o ano comigo! Foi maravilhoso passar essa experiência com vocês (...) tenho todos aqui como irmãos."

O jogador afirmou que não pretende ir para outro time, tranquilizando aos que estão saltitantes com a alta quantidade de transações para um campeonato amador. Já nesse fim de 2014, o QB Bruno Monção se desligou do Volta Redonda Falcons e o Andorinhas F.A fechou com o QB Edgard, o OL Farnum (também atleta do Flamengo F.A) e com o DL Hurley Carter - todos ex-Rockers.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Novato na final

No último domingo (30), no Campo do Botafoguinho, em Nova Friburgo, os Yetis receberam o Macaé Oilers para quarta partida entre as equipes no ano. Na mais importante das partidas os petroleiros saíram vitoriosos: 26 a 03.

Era pra eu ter feito o texto no dia da semi, mas enrolei e perdi algumas coisas na minha cabeça. Só que lembro muito bem de um primeiro tempo muito equilibrado e indo pro intervalo em 10 a 3. O jogo estava mais amarrado do que equilibrado. Apareceram mais faltas do que nas outras partidas, não sei se pela arbitragem mais rigorosa ou se pelas circunstâncias. Macaé voltou fervendo da pausa e pressionou demais Gabriel Zani. Os quatro turnovers sofridos pela equipe de Friburgo foram um tiro no pé. Falo mais do jogadores na análise, veja:

Nova Friburgo Yetis (4-1):

No mundo, apenas QBs da NFL - e nem todos eles - conseguem jogar sofrendo pressão atrás de pressão. Gabriel Zani é um dos melhores QBs da Liga, mas não teve armas para responder ao ataque do adversário. Ele foi interceptado duas vezes, lançou um grande número de passes incompletos. 

Pelo chão, Nathan, Bessa e Salim não conseguiram encaixar o jogo terrestre pois o Front Seven já estava em cima, praticamente, em todas as tentativas. Já pelo ar, o que Raonni e Henri fizeram recebendo bolas com uma mão, foi LINDO, LINDO, LINDO. Mas não foi o suficiente. A marcação praticamente estava colada.

Na OL muitas faltas. Seguradas, empurrões pelas costas e uso ilegal das mãos destruíram campanhas. Me recordo de uma 3ª para 37 jardas e que não resultou em nada. Além dos problemas com faltas, não conseguiam proteger seu QB que sofreu muitos sacks, um fumble e não tinha tempo para lançar na rota programada.

Na linha defensiva, gostei do camisa 99, Bichão! Eu confesso que não lembro de ter o visto jogar, então fiquei surpreso com seus tackles para perda de jardas. Vale lembrar que o FS Ramon contundiu o ombro e teve que sair da parta. Três big plays entraram na sua zona de marcação após sua saída.

Macaé Oilers (4-2):

Gabriel Lázaro fez um primeiro tempo medonho. Errava passes de três quatro jardas e isso destruiu algumas chances dos Oilers fazerem boas campanhas. Mas no segundo tempo foi muito bem e parecia outro atleta, na verdade, parecia aquele QB do braço forte que conectava big plays.

Pelo chão, Fernando estava mal e quem fez as principais investidas foi o seu backup, Júnior. Ele jogou bem e carregava a defesa, mas parecia não fazer leitura de espaços, pois em algumas oportunidades poderia ter ganho a lateral e ido embora numa avenida, só que não o fez. Diogo 'The Bus' me surpreendeu, pois foi regular, mas fez cortes laterais - nunca pensei que ele tivesse condição de fazer isso.

No corpo de recebedores, Daniel Antunes fez boas recepções, sendo uma MARAVILHOSA, agarrando a bola meio segundo antes dela encostar no chão. Magrina é pequeno e recebeu passes na direção quando o jogo já estava ganho: merecia ter recebido bolas. Bruno Oliveira justifica os votos que recebeu. O camisa 80 voltou de contusão e fez três recepções para cerca de 70 jardas e um touchdown. É o cara da big play!

A minha dúvida sobre esse time era nas Linhas, pois seria um jogo muito físico. Eles conseguiram proteger Lázaro, abrir espaços pra corrida e atacar o QB adversário. Um grande trabalho durante os 48 minutos. Parabéns aos homens de linha de Macaé.

Se a defesa mostrou evolução foi em forçar turnovers. Foram três interceptações e um fumble forçado. Bugão roubou duas. Olha que o cara ainda falou pra mim no jogo do Andorinhas: "Você vai ver quem é o melhor jogador da secundária do Oilers!" - eu ri. O cara queimou minha língua.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Bruno Monção não é mais dos Falcons

Na noite dessa terça - feira (2), o QB Bruno Monção anunciou seu desligamento do Volta Redonda Falcons. Bruno está de mudança para Niteroi, onde concluirá seu curso na UFF. Ele disse que há motivos pessoais nessa decisão.
O baixinho quebrou a fíbula contra os Krakens no Wild Card e operou no mês de novembro. Em conversa com o atleta ele se mostrou chateado mas que parece necessário:

"Cara, eu me sinto como se estivesse deixando um filho pra trás. Ainda não sei o que vai ser da minha vida no futebol americano, mas o que eu sei é que pra sempre vou amar o Falcons, mas no momento eu preciso de novos ares."

Se seguirmos a lógica, os Federals terão um lançador
dinâmico em 2015.

Destaque da Semana - semifinais

No último domingo (30), os finalistas da LiFFA 14 foram definidos em bons jogos. O Macaé Oilers viajou até Nova Friburgo e derrubou o Nova Friburgo Yetis por 26 a 3, enquanto na Ilha do Governador, o RJ Islanders venceu o Volta Redonda Falcons por 35 a 27. A decisão acontecerá na casa dos Insulanos no próximo dia 14 de dezembro, às 14h.

E se Macaé chegou na final é pelo simples motivo de terem pressionado Gabriel Zani o jogo todo. O meu Destaque da Semana vai para um atleta que fez e faz a diferença não só dentro de campo, mas fora dele também: Patrick Ribeiro. 
Patrick na temporada regular teve 13.5 sacks.
Eu, felizmente, fui o Referee dessa partida e como o QB Zani é canhoto, eu 'protegia' seu lado cego, no caso, a direita da OL. Patrick alinhou ali, chutando alto, 50% das vezes - pois alinhava como DT e DE na esquerda da defesa. Só para se ter uma noção da diferença que ele fez, veja as estatísticas:

5 tackles, 3 sacks, 2 passes defendidos e 1 fumble forçado que se tornou TD.

Além dos números, seu motivacional fez uma diferença absurda no intervalo. Os Oilers começaram a jogar melhor e, hoje, são os finalistas. A final promete.