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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Round 4

A LiFFA chega na sua reta final, as semifinais já geram uma expectativa enorme por envolverem os quatro melhores times do campeonato. No próximo domingo (30), às 14, Macaé Oilers e o atual campeão da Liga, Nova Friburgo Yetis, fazem uma das semis, novamente na Serra Fluminense.

Esse será o quarto duelo entre as equipes na história - todos acontecendo em 2014. As três partidas anteriores foram decididas por uma posse de bola ou menos. Uma curiosidade interessante é que os Yetis e podem avançar à final jogando apenas contra dois adversários durante todo o torneio (Macaé e Itaperuna), sendo essa uma situação que já gerou um descontentamento do Head Coach Bernardo Scofano, pois ele disse que queria jogar com mais times. Certamente deve ser triste você jogar cinco partidas de um campeonato de 11 equipes e só enfrentar duas.

Matchups interessantes:

Trincheiras:

Todas as partidas tiveram uma exigência  física muito grande, transformando os jogos em verdadeiras batalhas épicas. Um fator que ajuda a decidir o andamento dos ataques e defesas são as trincheiras. Quando falamos de Oilers e Yetis,  falamos de duas grandes Linhas em ambos os setores. A proteção dos quarterbacks e a pressão em cima deles, assim como a liderança nas corridas são pontos tão importantes assim como a batalha de turnovers.

Head Coachs:

Quando falamos de matchups, raramente nos refirimos aos trabalhos externos, mas no quarto duelo entre os times na temporada, quem conhece mais o seu adversário tem uma chance maior de vencer. A batalha da adaptação ao jogo do adversário e tentativa de anular os pontos positivos de seu oponente será crucial. 

Nova Friburgo Yetis (4-0):

Agora nos playoffs, Gabriel Zani precisará mostrar novamente sua qualidade apresentada na temporada regular, pois os mitos aparecem na pós-temporada e 'Zani Manziel' é um dos poucos que não temos dúvidas sobre seu jogo. Inteligente e bem móvel, será difícil pará-lo com alguma estratégia simples. 

Um dos meus atletas favoritos na Liga é Nathan Zebendo. Com as votações ficou claro que ele é pouco conhecido do público em geral, mas o futebol americano que vem apresentando é admirável. Grande retornador, rápido e multifuncional, o baixinho vai dar trabalho em cada toque na bola. Olho no seu backup também, o calouro Salim, ou Salynch.

Parece clichê, mas o corpo de recebedores dos 'Homens de Gelo' é o com mais peças de qualidade. Revezar sem perder qualidade é perfeito, dando também a chance de usar formações com vários recebedores e cada um se completando dentro da carência do outro. Olho em Lucas Storck, pois já mostrou ser clutch.

Na Linha Ofensiva, outro desconhecido que executa um trabalho sensacional é o Center Pablo Buty. Novo, com técnica, forte e com um alto índice de acerto em snaps fica difícil não destacar o calouro. Aliás, grande temporada da OL. Eles cederam poucos sacks e faziam as traps com qualidade, em um nível acima do que se vê na LiFFA. Tanta qualidade evidencia o 4-0. Na DL, Bruno Rocha - quando está com a mão na terra -, Julins e Dandan provavelmente fazem as melhores temporadas de suas vidas.

A secundária é boa, mas cedeu passes longos contra os Oilers que se tornaram big plays para touchdown. Se concertarem essa deficiência uma parte do jogo do adversário será anulada. Falando em outra coisa que faz diferença é o Especialista Henri Araújo. Ele chuta muito forte e já mostrou ser um fator importante, afinal, especialista na Liga faz toda a diferença.

Macaé Oilers (3-2):

Em um time praticamente de calouros, Gabriel Lazaro vai bem em sua primeira temporada. Até agora não sofreu interceptações. O camisa 10 já mostrou no último confronto que é guerreiro e tem um braço muito forte. Tanto que suas big plays entram bem. Lazaro precisará contar uma grande tarde de Daniel e Bruno Oliveira. Uma situação que o time precisa melhorar é a atuação nos quartos períodos. Nos quatro duelos os Yetis lideram por 35 a 7 nos últimos 12 minutos. Pra vencer precisam reverter esse quadro.

Fernando e Diogo serão peças fundamentais para dar desafogar o ataque aéreo com boas corridas. No primeiro jogo entre os times na LiFFA, Diogo apareceu como surpresa nos primeiros quartos mas começou a levar tackles no joelho e começou a ficar com receio. Fernando é um motozinho que não apaga, um dos bons running backs da Liga e não recebeu nenhum voto para a SeleLiFFA 2014. Uma pena.

Pelo ar, repito que há uma necessidade de ter Bruno e Daniel inteiros. Sem Bruno o ataque não conseguia conectar bons passes, vide em Niterói. O jogador desfalcou os Oilers por uma problema no dedo contra os Federals. Daniel não tem pinta de WR mas é um bom recebedor e consegue pegar bolas no meio do campo, o que é raro na Liga.

As Linhas são boas, mas os atletas revezam em ataque e defesa. Jogar 48 minutos seguidos em alto nível é missão impossível, mas Macaé tem atletas de qualidade nesses setores, mas dependendo da intensidade do jogo dominical, isso se tornará um problema.

A secundária vai precisar jogar atenta o tempo todo, pois seu adversário tem grandes recebedores. No último encontro Daniel Antunes, kicker, não estava presente e os Oilers perderam por causa de um XP errado. Agora a tranquilidade nesses chutes volta.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Vai assinar?

Nas últimas temporadas o Teresópolis Rockers não foi bem, mas o QB Edgard sempre era salvo das críticas. O camisa 16 foi, recentemente, apontado como a mais nova contratação do Andorinhas F.A. Ainda é apenas um rumor, mas fortes indícios apontam que ele vestirá a camisa alvinegra em 2015.

A falta de um bom quarterback, a decadência dos Rockers, o projeto do Andorinhas F.A e a recente mania dos adminstradores da fan page dos 'Black Birds' com o número 16 levam à dedução. Qualquer nova movimentação você confere em primeira mão no Opinião F.A.

Edgard preferiu não comentar os rumores, mas o Presidente Serjão Soares se manifestou quando questionado sobre a possível vinda de Ed para Magé:

"Amigo Cohen, nosso interesse é o mesmo que o de qualquer um da LiFFA em ter um jogador que já foi MVP, que você conhece bem e agrega tanto na parte do grupo, focado, integro demais e a gente respeita muito como QB e fundador dos Rockers. A partir do momento que ele demonstrar interesse em jogar com a gente, nós vamos estar de portas abertas pra ele jogar aqui sem dúvida alguma!"

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O elemento Chris

No último domingo (16), a Liga recebeu uma notícia muito triste ao saber que Bruno Monção quebrou a fíbula e teria que ficar seis meses parado. Agora já operado, o baixinho foi pra casa nessa quarta (19) e todos nós torcemos pela sua rápida recuperação. Só que a reportagem, hoje, é sobre as mudanças que acontecerão no ataque com a entrada de Chris Thuler na semifinal da LiFFA contra o RJ Islanders no próximo dia 30 de novembro:

Bruno Monção (esq.) e Chris Thuler (dir.)
Bruno e Chris são lançadores com características completamente diferentes. Se o titular adora correr, o substituo imediato é um tradicional 'Pocket Passer'. A verdade é que caiu uma bomba em seu colo, mas ele tem duas opções: virar ídolo ou fazer um trabalho regular. Jogar mal, agora, não é opção. Algumas coisas mudam nesse ataque para poder readaptar a vertente ao estilo de jogo do novo titular.

O jogo terrestre:

Monção, Diego e Jr. Assis eram as principais peças das investidas terrestres. A quantidade de options, read-options e bootlegs que poderiam ser feitas ficam mais restringidas por causa da limitação de movimentação de Chris. Diego e Jr. vão precisar estar mais envolvidos nesse plano de jogo e fazer o ataque andar quando forem solicitados. Se as corridas entrarem, trabalhar no playaction pode começar a desarticular a defesa dos Insulanos.

Tenho minha teoria de que QBs que são inexperientes, voltam de contusão ou que vivem situações como essa que os Falcons vivem não podem ficar em situações de lançar 30/35 bolas por jogo. Por isso a vertente terrestre precisa colaborar mais do que nunca.

A proteção:

Quando se tem um lançador que é móvel, sua Linha Ofensiva precisa protegê-lo, mas há um pouco menos de pressão, pois se 'vazar' ele consegue sair do pocket e ainda produzir. Mas agora, com um QB que praticamente não se move, a OL terá trabalho redobrado. Caso os alvos estejam fechados, vão precisar continuar bloqueando e dando tempo para os recebedores fazerem uma rota alternativa, buscando a conexão de passes.

O passe:

Adoro Bruno Monção e seu jeito dinâmico de fazer o ataque andar, mas confesso que em questão de passe, acho Chris melhor. Vi apenas duas partidas de Thuler e duas de Monção. Posso estar errado e o cenário ter mudado, mas o backup tem uma grande noção de jogo aéreo e uma ótima leitura de ponto futuro. Nesse quesito, caso não haja erros por nervosismo ou coisa do tipo, ele vai tem um bom desempenho.

"Eu confio no jogo dele sei que podemos vencer com ele. Seria o jogo da minha vida e agora eu sei que é o da vida dele" - Bruno Monção.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Canto do Coach: Marcelo Arantes

Voltando com um quadro que mostra a essência da técnica no futebol americano, Marcelo Arantes, Coordenador Defensivo dos Falcons, faz uma explicação sobre a Linha Defensiva. Vamos ver o material que ele preparou para nós:

"Fala rapaziada vamos de DL. O assunto é extenso então vou dividir em três partes, na primeira vamos conversar sobre os aspectos individuais: stance, first step e movimentos, a segunda parte vamos falar sobre as partes técnicas e táticas da DL como um grupo e na terceira sobre as diversas opções em função do que está acontecendo no jogo. Então, vamos que vamos.

Stance – é o posicionamento inicial (Figura 1). Existem 3 Stances para a DL e são baseadas na quantidade de pontos do corpo em contato com o chão, sendo assim temos:
A: Two Points Stance: normalmente utilizada por DEs muito ágeis. Facilita ações de mãos e pernas, entretanto perde-se a potência vinda da parte inferior do corpo (efeito mola explicado por Bernardo Scofano em: Canto do Coach com Bernardo Scofano. Por diminuir a potência, não é recomendada para o centro da linha ou para quem quer parar o jogo corrido;

B: Four Points Stance: Dá excelente potência nas pernas, mas deve-se ter cuidado com o primeiro passo (risco de ficar sem contato com o solo) a ação das mãos fica prejudicada, mas a potência gerada e a tendência a ter o centro de gravidade mais baixo pode compensar isto. É uma boa para quem joga em contra dois gaps (parte 2) ou quem quer parar o jogo corrido.

C: Three Points Stance: é o meio termo, a mais versátil e a mais utilizada entre os jogadores de DL.
Nos três casos as pernas devem estar na largura do ombro e as costas devem estar eretas;   nos casos B e C a parte superior do corpo deve estar paralela ao chão; no caso A deve-se fazer um ângulo de aproximadamente 45 graus chão.

Fist Step – (Primeiro passo)

O ataque sabe quando a bola vai sair, a defesa não. A OL tem a vantagem. Para reduzi-la deve-se treinar, à exaustão, o primeiro passo. Deve-se gerar uma relação entre olhar e agir e sem perder o equilíbrio dado na Stance. Bola se move, DL parte! A agilidade e o equilíbrio a do primeiro passo te darão condições de trabalhar as diversas técnicas de Lower bound e upper bound de maneira eficaz.

Movimentos

Deve-se ter uma gama de movimentos e saber usar mãos e pernas. Pode-se utilizar vídeos como exemplos de movimentos. Minha dica é que você aprenda muito bem dois movimentos (um que precise, primordialmente, de força e outro que precise, primordialmente, de agilidade e técnica), quando estiver muito bom nestes, passe para mais dois, e assim sucessivamente. E assim, em pouco tempo, você terá uma boa gama de movimentos para atacar os OLs e sacar os amiguinhos QBs.

Por hoje é só, espero que ter ajudado."


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pra ter emoção

E se tem que ter emoção em semifinal, traga os que farão bons jogos. O destino e a qualidade dos times novamente traçaram a reedição de dois jogaços da primeira fase: RJ Islanders x Volta Redonda Falcons e Nova Friburgo Yetis contra o Macaé Oilers.

Na fase regular, os Insulanos receberam o VR Falcons e tomaram um susto. 18 a 15. A experiência versus a vontade louca de vencer aliada à união interna das duas equipes promoveram um partidaço. Macaé e Nova Friburgo já estão enjoados de se enfrentar. Quatro partidas só em 2014, terceira na Serra. Certamente será a partida mais física desse duelo e quem vencer agora, além da vaga na final, mostra que soube estudar melhor seu adversário.

Pensando melhor nos últimos dias, realmente esses são os quatro melhores times do campeonato. A Conferência Central deixou a desejar. O time dos Federals tem um potencial absurdo para ser um futuro campeão, mas a ausência de um quarterback deixou o time muito limitado em armar as jogadas. Os Krakens falaram tanto de sua defesa, tomaram 36 pontos.

Ao longo da semana destacarei nas análises algumas situações importantes que precisamos ver. Eu não tenho dúvidas que serão alguns dos maiores jogos da curta trajetória do nosso torneio. 

Para encerrar, agradeço a todos que me apoiaram muito nos últimos dias com os comentários de New York Giants x San Francisco 49ers. Agradeço a cada um e ao pessoal do Esporte Interativo que apostou em mim. Abraço especial pro Octávio Neto, Vovó Mafalda e ao Simões que me passaram muita tranquilidade. Agora, que venham as semifinais, mais jogos da NFL e muita informação no Opinião F.A!

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Prévia - Niterói Federals x Macaé Oilers

No próximo domingo (16), no Campo do Gragoatá, em Niterói, os Federals recebem o Macaé Oilers às 14h. A partida coloca frente a frente o terceiro e sexto colocado da fase regular. Quem vencer enfrenta o Nova Friburgo Yetis, na Serra, dia 30 de novembro. 
Esse será o segundo confronto entre os times na história (foto: Facebook/Federals)
O time da casa vem de uma derrota de 44 a 07 para o RJ Islanders, enquanto  o time da 'Cidade do Petróleo' também foi derrotado na última partida. Na ocasião, para os Yetis por 27 a 20 na prorrogação. Vale ressaltar que essas equipes já se enfrentaram uma vez em 2014, foi em um jogo em Macaé, quando o mandante venceu por 16 a 02.

O Opinião F.A traz outra vertente de informação para as análises: os matchups importantes que precisam ser destacados.

Matchups importantes:

Gabriel Lázaro x Defesa dos Federals

Dizem que Gabriel Lázaro é o único lançador da Liga que ainda não foi interceptado, mas seu próximo desafio será sair zerado em interceptações na próxima partida. Seu adversário possui uma DL que pressiona, uma secundária que rouba bolas. Será que o camisa 10 vai se precipitar e 'entregar a paçoca'?

Erick Lobo x Defesa Terrestre dos Oilers

Se alguém dúvida do potencial de fazer um caminhão de jardas do Erick Lobo, retire essa loucura. O rapaz corre muito e se cortar chegando no segundo nível é só mandar um abraço e ir embora. O Running Back joga muito, mas seu adversário tem o melhor defensive end da Liga, Patrick Ribeiro, além de uma forte barreira contra o jogo terrestre. É pra ficar de olho nessa batalha de gigantes.

Sem mais delongas, vamos à análise:

UFF-Niterói Federals (3-1):

Após rumores de que havia uma racha no elenco, o grupo se mostrou unido nas redes sociais e aparenta provar que não passava de um boato e fato isolado. Só que seu problema, provavelmente, não está fora de campo. O que me intriga é quanto Wallace pode produzir contra um time do nível dos Oilers. Se contra os Rockers não agradou, imagina contra Macaé? Mucilon é a melhor opção pra mim, mas o canhoto Panázio ainda é dúvida.

Pelo chão, Erick Lobo arrasta defesas. Muito atlético, forte, com sabedoria e leitura de gaps. É difícil pará-lo. Há uma grande variedade de corridas com ele, mas quando vi, aparentemente, suas corridas só encaixavam entre o Center e o Guard na direita.

Novamente prefiro não arriscar nomes de possíveis bons alvos desse time, pois quando vi foram pouco utilizados. Por isso, seguirei com com a OL. Ela seguirá desfalcada do Center titular, Rodrigo Amendola, mas ainda sim é uma boa barreira de proteção. A DL pressiona muito com o seu principal atleta, Marcão. 

O corpo de linebackers é um dos melhores da LiFFA: Victor Collares, Cadu Viana e Gabriel Chalfun. A secundária rouba bolas, o que é muito importante para vencer jogos. André Souza, agora, um dos melhores DBs do campeonato, terá que interceptar umas para ajudar seu ataque.

Macaé Oilers (2-2):

Gabriel Lázaro é o QB. Novato ainda precisa melhorar alguns pontos, como a leitura de mais alvos e se contentar com jogadas curtas. Seu braço forte o instiga a mandar as big plays - que quase sempre entram. Seu potencial é absurdo para um futuro, mas agora é hora de mostrar o valor da confiança de seus companheiros e da torcida também.

Fernando e Diogo fazem um backfield no melhor estilo 'O gordo e o magro'. Eles se completam e causam um alvoroço na defesa do adversário por serem muito bons e fortes - jarda extra é quase obrigação. Fernando é baixo, mas tem um bom corte lateral e se precisar quebrar tackles ele o faz. Diogo é quem impulsiona as corridas e as faz chegar no segundo nível. Ele é um tanque: passa por cima, destrói o que vem pela frente e desagrada quem é atingido. 

Bruno Oliveira, WR mais votado da SeleLiFFA 2014, está fora da partida ainda com um problema no dedo. Daniel Antunes assume o posto de recebedor principal e está de volta, pois na última partida ele estava em Houston em viagem a trabalho. 

A OL é boa, dá bastante tempo ao QB, o que será vital em uma partida tão física quanto essa. A DL é imponente. Patrick, Dalmo e Ivo. A guerra na trincheira será boa no pass rush. Nos Linebackers, Coringa volta ao meio após tentativas falhas com outros atletas como MLB. Na secundária, conheço pouco dos atletas, mas acredito que eles não terão problema com o passe.

Palpite: UFF-Niterói Federals 12 x 24 Macaé Oilers.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

SeleLiFFA 2014

O nome SeleLiFFA surgiu em 2012, quando ao fim da competição os atletas mais influentes de cada time votaram nos melhores atletas daquela edição. Em 2013, não houve uma votação por causa do abandono do Itaperuna Blackstones e Jubartes F.A. Mas 2014 foi recheado de novos times, foram oito ao todo, e com isso uma variedade para escolher os melhores do ano, vamos à lista:

Quarterback:

Vavo Calvet - RJ Islanders - 10 votos

Running backs:

Léo Farah - RJ Islanders - 12 votos
Thiago Farinha - Andorinhas F.A - 12 votos

Wide Receivers:

Bruno Oliveira - Macaé Oilers - 11 votos
Antônio 'Cacarlos' - Andorinhas F.A - 9 votos

Tight End:

Paulo Abrantes - RJ Islanders - 14 votos

Linha Ofensiva:

Igor Rondon - RJ Islanders - 12 votos
Artini Telles - Nova Friburgo Yetis - 12 votos
Davi Souza - Andorinhas F.A - 12 votos
Reinaldo Júnior - Itaipuaçu Krakens - 11 votos
Vinicius Farnum - Teresópolis Rockers - 11 votos

Linha Defensiva:

Patrick Ribeiro - Macaé Oilers - 22 votos
Douglas 'Cachorro Louco' - Volta Redonda Falcons - 17 votos
Eduardo 'Bola' - Teresópolis Rockers - 9 votos

Linebackers:

André Valle - RJ Islanders - 9 votos
Bruno Rocha - Nova Friburgo Yetis - 8 votos
Gabriel Chalfun - UFF-Niterói Federals - 8 votos
Vitor Leal - Volta Redonda Falcons - 7 votos

Defensive Backs:

Tiago Barbosa - Petrópolis Wolves - 20 votos
André Souza - UFF-Niterói Federals - 15 votos
Antônio 'Cacarlos' - Andorinhas F.A - 12 votos
Thiago 'Vovô' - Macaé Oilers - 8 votos

Especialistas:

K - Henri Araújo - Nova Friburgo Yetis - 15 votos
P - Henri Araújo - Nova Friburgo Yetis - 12 votos
KR - Thiago Farinha - Andorinhas F.A - 7 votos
PR - Antônio 'Cacarlos' - Andorinhas F.A - 4 votos

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Resultado dos Melhores do Ano na votação aberta

As votações de 'Melhores do Ano' e para a SeleLiFFA foram encerradas nesse sábado (8) às 23h59. Apenas 15 dos 48 eleitores não votaram. A contabilização dos votos será feita na noite dessa segunda-feira (10) e a SeleLiFFA será anunciada na próxima terça-feira (11) às 12h no Blog, já os Melhores do Ano apenas no dia da final.Vale lembrar que o campeão de cada categoria ganha um voto na escolha dos representantes.

275 votos válidos:

MVP - Gabriel Zani - QB - Nova Friburgo Yetis - 37 votos (14%)

Jogador de Ataque - Gabriel Zani - QB - Nova Friburgo Yetis - 43 votos (16%)

Jogador de Defesa - Matheus 'Kaká' - LB - Nova Friburgo Yetis - 43 votos (16%)*
                                   Douglas 'Cachoro Louco' - DE - VR Falcons - 43 votos (16%)

Atleta Revelação - Lucas Storck - WR - Nova Friburgo Yetis - 54 votos (20%)

Técnico do Ano - Bernardo Scofano - HC - Nova Friburgo Yetis - 100 votos (36%)

Melhor Comeback Player - Serjão - OL - Andorinhas F.A - 143 votos (52%)

(*) - desempate decidido pela melhor campanha.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Destaques da Semana 9 - O futuro está aqui

A última semana da temporada regular da LiFFA 2014 chegou ao final com quatro confrontos entre as Conferências Central e Sul. Com as vitórias de Islanders, Falcons e Krakens os playoffs já têm seus confrontos definidos.

Vamos aos destaques:

Conferência Central:

Cacarlos Félix - WR - Andorinhas F.A

Na vitória por 17 a 10 sobre o Petrópolis Wolves, quem apareceu bem nas três faces do time do Andorinhas foi Cacarlos. Como recebedor, corredor, retornador, safety, o cara tá em todas. Fez uma interceptação, recebeu bons passes, defendeu dois lançamentos e fez dois grandes retornos. Se o futebol americano do Rio de Janeiro passa por renovação, ai está uma peça de 18 anos que se for bem trabalhada terá grande futuro.

Cacarlos também já jogou no Guapimirim Bulls
Conferência Sul:

Gabriel Bueno - WR - RJ Islanders

Quando se tem um atleta novo e que já produz é de se aplaudir de pé. Gabriel Bueno tem 16 anos e já é um dos grandes WRs da LiFFA. Nos jogos que eu não vou, sempre pergunto pra pessoas conceituadas quem jogou bem e novamente o 'Novinho' foi mencionado. Junto do TE Paulo Abrantes, Bueno foi o alvo de segurança de Vavo, além disso deu muitas jardas para o camisa 11. Recebeu algumas big plays, cerca de cinco passes, nenhum drop e um touchdown. Conversando com Léo Farah, RB dos Islanders, ele disse um frase muito interessante sobre seu companheiro de time:

- "Gabriel está pegando até pensamento."
 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pedra sobre pedra

O primeiro campeão da LiFFA, o Teresópolis Rockers, passou por um ano trágico. O time não conseguiu vencer nenhuma partida em 2014 e nos últimos 11 jogos na LiFFA venceu apenas quatro, sendo três triunfos em 2012, ano do título. Vale lembrar que as pré-temporadas não são contabilizadas. Veja quais podem ter sido os fatores de duas temporadas ruins:

Continuidade no trabalho:

Em 2012, era o primeiro ano da LiFFA, todos envolvidos com o campeonato estavam muito animados, querendo jogar e mobilizando suas comunidades, só que o tempo passou. Em 2013 e 2014 a Liga já virou algo conhecido e quem não teve planejamento, dançou.
Rockers após sua terceira vitória em Petrópolis na sua história (foto: Facebook/Rockers)

Os Rockers não se divulgam na imprensa local e parece que ninguém conhece o time na cidade. Seus jogos têm cada vez menos gente e até os adversários, quando trazem torcida, fazem mais barulho. O principal é ter cada vez mais jogadores, Terê não consegue isso. Cada vez menos atletas frequentam seus treinos. É preciso estar presente sempre na tevê, jornal, revista, redes sociais. Isso chama novos atletas.

Linha Ofensiva:

A OL dos 'Homens de Pedra' nunca foi muito boa, só que com o passar desses dois anos piorou muito. Em 2012, a linha não jogava para proteger um QB, jogava para proteger Edgard, o pai desse time. Assim ele conseguiu ser o MVP da temporada de 2012 e, se tiver proteção, pode, quem sabe, chegar de novo a esse posto.
Edgard se arriscando fora do pocket contra os Krakens (foto: Palmeira Photography)
Em 2013 e 2014, Ed apanhou muito. Me lembro especificamente de dois jogos: contra o Wolves e Yetis na temporada passada. O camisa 16 sofreu dez sacks, além de sair duas vezes machucado contra os petropolitanos e contra os friburguenses também foi assim. Na ocasião foram seis sacks e duas saídas por dores.

Perda de pilares:

Quem acompanha o Rockers desde o começo lembra de peças importantes como: o QB Edgard, WR Bin, os TEs Biscoito e Pablo, o OL Farnum, o DL Selem, o LB Djair e os DBs Bonifácio e Pica-pau. Há mais jogadores que foram importante, mas a saída de Selem e Djair foi vital na defesa. O Defensive End, se estivesse jogando até hoje, seria um dos melhores da posição e poderia estar jogando em times do Rio. Djair era pra defesa o que Edgard é pro ataque, um pai, um líder.

Hoje, nas redes sociais, vemos que até Bernardo Bonifácio quer voar mais alto. Já posta fotos com a camisa do Madureira Mamutes - que será full-pads. Edgard pode estar de saída pois vai se casar e já mora no Rio de Janeiro. Cada peça que se vai é uma lacuna aberta.

Jogo corrido:

Sempre sobrecarregaram muito seu lançador, a perda de Davi e a ausência de Dão em vários jogos foram praticamente uma pá de cal no ataque. Não acharam mais um corredor. Usaram Drake, Rato e até OLs. Quem quer vencer, precisa de um ataque terrestre desenvolvido para desafogar as investidas aéreas.

Matheus Wilbert:

Não, Matheus não é o culpado. Gosto bastante dele como meu amigo e treinador. Ele se esforça muito para aprender cada vez mais do jogo. Em 2013, conseguiu melhorar o nível de jogo do ataque com Drake como quarterback, na ocasião ele era bem limitado.

Não creio que Matheus tenha culpa dessas quatro derrotas. Ele esbarra nos tópicos acima para ganhar jogos. Por causa das adversidades, ele faz algumas chamadas diferentes para tentar surpreender, mas não deram certo. 

Acredito bastante que essa temporada tenha servido para ele conhecer o grupo e se conseguir melhorar os defeitos, quem saber o time não evolui?

Meu medo:

Sempre respeitei muito esse time e não seria nada bom para a LiFFA não ter seu primeiro campeão na temporada que vem. Elenco diminuindo e falta de divulgação podem acarretar no FIM dos Rockers. Mas torcer para que a presidência reverta esse quadro de calamidade.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Morreram abraçados

O Andorinhas F.A recebeu o Petrópolis Wolves para uma disputa que poderia ser uma nova versão do filme 'Missão Impossível'. Andorinhas precisava torcer para os Rockers triunfarem dentro da casa do Volta Redonda Falcons, o Wolves precisava fazer 98 pontos ou torcer para o Valença Hunters derrubar o Itaipuaçu Krakens dentro de seu território. Nada feito, mas o jogo até que teve emoção.

Com um sol acachapante, o time da Serra conseguiu forçar dois safetys e chegou a abrir 4 a 0, mas logo em seguida, o time da casa também forçou um safety. A torcida levou quatro buzinas que faziam da sideline um lugar insuportável de se estar. O Andorinhas conseguiu um safety e dois touchdowns com o RB Farinha, abrindo 17 a 4. No inicio do quarto período o QB Murilo conectou um TD de 79.5 jardas com oWR Molico e sem conversão de dois pontos o placar ficou em 17 a 10. O time da 'Cidade Imperial' foi pro onside kick e o camisa 81, Sávio, recuperou para os 'Black Birds'. Fim de papo. 17 a 10, então vamos à análise:

Andorinhas F.A (2-2):
Sempre bati na tecla de que faltava um QB nessa equipe. Com a chegada de Bernardo, houve uma evolução, mas ainda acho que precisa melhorar muito para não ficar dependendo do jogo terrestre. Senti um pouco de insegurança nele em alguns momentos.

Pelo chão, Farinha é bom. Cortes secos, noção de espaço, velocidade lateral e é inteligente na leitura de gaps. Acho que a formação em wingback otimiza a qualidade desse atleta, mas sobrecarregá-lo é um tiro no pé para vencer jogos. Quem apareceu muito bem pelo chão foi o OL/FB Ricardo Junior. Todas as corridas para mais de quatro jardas, ganhos após o contato. É um trator.

Cacarlos teve grande evolução de 2013 para 2014. Pelo que me parece buscou estudar mais do jogo, está mais forte fisicamente, só que eu fico com a impressão de que ele quer ser estrela. Algo me diz que por ser fã dos Cardinals, no ataque quer ser Fitzgerald e na defesa Tyron Mathieu. Ele fez uma interceptação e um grande e perigoso retorno de punt. 

A linha ofensiva bloqueou bem em certos momentos só que é muito feio você ver homens de Linha Ofensiva fazendo bloqueio no pescoço. Mas, no geral, foram muito bem. Gostei do Ricardo quando atuou na OL e do RT Setura. Já na DL, Samambaia teve bons momentos, mas é difícil tirar um parâmetro de qualidade quando bate de frente com uma linha de ataque toda remendada.

Não sei o motivo, mas Roger Godoy não é mais atleta do Andorinhas F.A. Ele estava jogando bem, mas deve ter tido seus motivos. Gosto do Flávio e do The Rock ali participando do Front Seven, só que o segundo mencionado chegou no segundo tempo, talvez, com ele, a história fosse um pouco diferente.

Na secundária, eu achei curiosa a atitude de dois atletas. O número 20, Japão, e o número 31, Gustavo, faziam uma espécie de animação da torcida. Assim como o Liminha fazia no Domingo Legal. Em algumas oportunidades eles estavam virados para a arquibancada pedindo o barulho da torcida enquanto alguém os chamava para o huddle. Concentração, galera.

Petrópolis Wolves (1-3):

Murilo, 16 anos, em sua primeira temporada sai com uma temporada boa. Creio que aconteceram erros de calouro, mas isso é comum. Ele mostrou uma evolução significativa da partida contra o Islanders em agosto, até o duelo contra o Andorinhas na tarde desse domingo (2). Ele é o futuro do time.

Pelo chão, Andrew fez sua estreia como titular, também com 16 anos, não se intimidou com os atletas que são bem maiores que ele. O baixinho treinou com Marshawn Lynch no Camp da AFWB e pegou muito da força de vontade do camisa 24 de Seattle. Hollyfield também fez algumas boas investidas, mas sem uma OL de origem ficou difícil.

Pelo ar, Negueba não fez um grande jogo. Mas Molico está se consagrando. O camisa 15 fez seu terceiro touchdown em duas partidas, sendo um deles de 79.5 jardas em conexão com Murilo - o maior da históra da LiFFA.

As Linha Ofensiva foi regular para a situação que lhe foi imposta. A DL jogou bem, na verdade, a defesa jogou bem. O Front Seven conseguiu parar várias corridas, cedeu algumas longas e vale o destaque para o primeiro ano de Tiago Barbosa como Free Safety. O camisa 14 fez duas interceptações e chegou a sua quinta na temporada. Celso voltou muito bem da sua suspensão trazendo mais leitura para os Linebackers. O CB Arthur fez um bom jogo marcando o rápido Cacarlos. 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Playoff definido!

Com a vitória de Krakens e Falcons, os seis times foram definidos e sem surpresas. Veja as próximas datas e partidas:

Wild Card - 16 de novembro:

Jogo 1 - Volta Redonda Falcons x Itaipuaçu Krakens - 14h - em Volta Redonda.
Jogo 2 - UFF- Niterói Federals x Macaé Oilers - 14h - em Niterói

Semifinal - 30 de novembro:

Jogo 3 - RJ Islanders x Vencedor do Jogo 1 - 14h - na Ilha do Governador.
Jogo 4 - Nova Friburgo Yetis x Vencedor do Jogo 2 - 14H - em Nova Friburgo Yetis.

Final - 14 ou 21 de dezembro:

Vencedor do Jogo 3 x Vencedor do Jogo 4 - 14h - na casa do melhor finalista.

Volta Redonda é Marcella

O esporte amador vive do apoio de amigos, familiares, namoradas ou esposas. Cada equipe tem aquela pessoa que se dedica ao time, está presente em cada jogo, mas não entra em campo. Em Volta Redonda, o companheirismo e empenho é de Marcella, irmã de Igor e Iago Reis.

Ela estava ajudando a marcar o campo de jogo na noite do sábado (1) para a partida dos Falcons contra o Teresópolis Rockers no domingo. Só que seu exame saiu enquanto ela estava no Campo do Flamenguinho e o resultado atestou positivo para Leucemia. Marcella não pôde ir ao jogo, pois foi internada, mas sua vontade era de estar lá torcendo pelos 'Guerreiros do Vale do Aço'.
 
Com o time já sabendo da situação, os pedidos de seriedade, garra e determinação na partida foram direcionados à recuperação de Marcella. O grito de guerra dos Falcons, geralmente, é puxado pelo presidente e capitão, Douglas Torres. Só que na ocasião, Igor e Iago Reis puxaram um dos cantos mais bonitos da LiFFA. Ao fim do cântico, o HC Jeff Fromholz fez uma oração por ela, e os companheiros de time se mostraram muito solidários com o ocorrido. Igor confessou que ao entrar no huddle olhou a camisa de seus companheiros e notou que em todas haviam o nome 'Cece' - apelido de Marcella em seu âmbito familiar.

Camisa do QB Bruno Monção homenageando Marcella.


Apoio do vizinho:

O Valença Hunters também está nas orações por Marcella. Em sua página oficial, o time mostrou solidariedade. Os atletas valencianos vão à Volta Redonda doar sangue para ela, assim como o mutirão que será feito pelos Falcões.
 
Agora, 'Cece' está em tratamento e toda a comunidade posta fotos com a hashtag #ForçaCece. O Opinião F.A, a LiFFA e todos os envolvidos com o futebol americano no interior do Rio estão na torcida pela recuperação dela.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Ex-Krakens entrega playbook pra adversário

O cornerback Lucas Diogo foi recentemente dispensado pelo Itaipuaçu Krakens. O atleta estava passando por algumas dificuldades e não vinha cumprindo suas obrigações junto ao time. Só que nessa segunda-feira (3), fui informado de que Lucas passou o Playbook e os Audibles para o próximo adversário de sua ex-equipe nos playoffs, o Volta Redonda Falcons. 

As jogadas foram passadas ao QB Bruno Monção, cujo mantém uma boa relação com Lucas. O baixinho passou o material para o corpo de treinadores que avaliou e foi constatado que é um material confidencial. A diretoria de VR entrou em contato com a presidência de Itaipuaçu informando o ocorrido. De acordo com o Presidente dos Falcons, Douglas Torres, nenhum material recebido será mostrado aos outros jogadores do 'Vale do Aço':

"Nossos treinadores ao verem o material informaram à diretoria do nosso próximo adversário. Ninguém, quem quer que seja, terá acesso ao conteúdo."

Quando questionado sobre o assunto, Lucas Diogo diz que a diretoria foi infantil com relação à situação dele e que não está feliz com o acontecimento:

"A forma pela qual fui expulso me deixou chateado. Sim, entreguei o playbook, mas nada justifica minha atitude. Estou me sentindo mal por isso, afinal, era meu último ano e eu queria estar jogando."

Os times se enfrentarão no próximo dia 16 de novembro, às 14h, no Campo do Flamenguinho, no bairro do Retiro, em Volta Redonda. Quem vencer enfrenta o RJ Islanders, na Ilha do Governador, dia 30 de novembro.

sábado, 1 de novembro de 2014

Prova de fogo

Após enfrentar três equipes niveladas pelo meio, o time do Federals recebe o RJ Islanders em Niterói. A partida acontece às 14h e é um divisor de águas, pois quem vencer estará garantido na segunda colocação e quem perder enfrenta o sexto colocado. Os dois estão invictos e alguém vai sucumbir no próximo domingo (2).

Os Federals mostraram ser uma potência dentro da Conferência Central, agora vão ter seu primeiro grande desafio, afinal seu adversário tem uma média de 42 pontos feitos por partida e apenas sete sofridos. Uma boa organização tática, foco e se moldar ao adversário com o passar do jogo são coisas fundamentais para bater quem é reconhecidamente muito forte. Os Islanders também precisam ficar de olho aberto, pois o ataque é organizado e se encaixando, as coisas vão ficar complicadas.

UFF-Niterói Federals (3-0):

Wallace e Mucilon foram os lançadores no último duelo do time, contra os Rockers. Notou-se uma deficiência em conectar o ataque aéreo com eles, mas com a volta de Raphael Panázio as coisas parecem melhorar. O camisa 32 será titular após ser diagnosticado com uma contusão que quase o deixou de fora do restante da temporada.

Pelo chão, Erick Lobo é o cara. Bons jogos investindo nas tentativas terrestres. Além de forte, ele consegue quebrar tackles e a jarda após o contato sempre sai com naturalidade. A Linha Ofensiva sempre faz um grande trabalho abrindo os gaps. As traps, se deixar, vão até o fim do campo nos bloqueios.

Nas partidas que eu vi não houve nenhum grande recebedor que me chamou atenção, pois o ataque se escorava nas corridas. Se há ou não um grande WR, eu não sei. Prefiro não me comprometer nessa.

As Linhas são proporcionalmente fortes e com qualidade. A Ofensiva protege bem o quarterback e forma bem o pocket, coisa que é raro de se ver na LiFFA. Como já disse antes, as traps saem muito bem e é uma das chaves principais para o bom jogo terrestre. Na Defensiva, quem me chamou muita atenção foi o Defensive Lineman Marcão. Ele arregaçou na última partida, além de forçar sacks, tackles for loss. Muita qualidade nesse atleta.

No último jogo foram mais de dez desfalques, inclusive Cadu Viana. Um dos bons dessa defesa está de volta para complementar o trio com os Linebackers Collares e Gabriel Chalfun. O Front Seven dessa equipe é ótimo e vai dar trabalho. A secundária terá que se preocupar, pois a quantidade de alvos que os Insulanos têm é assustadora. 

Chave para a vitória: estabelecer o jogo terrestre e ficar muito tempo com a bola.

RJ Islanders (3-0):

O líder da equipe e Quarterback Vavo é a cabeça do ataque. Seu estilo nada móvel faz com que ele necessite muito de sua proteção. Quando ele resolve sair do pocket é pra fazer um option com Léo Farah. O camisa 11 lança a maioria dos passes quando está na red zone, sem arriscar muito.

Pelo chão, Léo Farah é a 'formiga obreira'. Ele que carrega a maioria das bolas em revezamento com os dives do FB Valle. Há uma grande variações nas corridas. São tentativas pelo meio e por fora da linha, são handoffs, toss, entre outras. Ele também recebe passes, por isso sua validade ofensiva aumenta com essa característica. 

Por também jogarem o TTD naõ sei como fica a frequência de Paulo Abrantes e Rodrigo no corpo de elegíveis dos Insulanos. Abrantes é Tight End e faz ótimas recepções, além de quebrar bem na rota. Rodrigo é extremamente rápido. Gabriel Bueno é o mais novo dos WRs e é um prodígio, em breve vai figurar como um dos melhores da LiFFA e do Rio.

A OL é grande, experiente e forte. Possivelmente uma das melhores do torneio. Quem já viu um jogo dos Islanders sabe como Vavo permanece no pocket com tranquilidade e Léo Farah corre avenidas escoltado pelos seu bloqueadores. A DL pressiona e impressiona. Golias é enorme e faz uma pressão incrível. O Front Seven desse time é bom demais. 

Como já disse outras vezes, essa secundária é pouco requisitada, pois a pressão consome o QB adversário, sendo assim, eles, geralmente, jogam a bola pra cima ou são sacados.

Chave para a vitória: castigar com Léo Farah e forçar turnovers ou punts.