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segunda-feira, 31 de março de 2014

Não era um Super Bowl

O confronto entre o Internacional Wolves e o Valença Hunters, neste último domingo (30), colocou à prova quase tudo que era possível, menos o resultado. Afinal, quem se importa com o placar em pré-temporada? Se na NFL ninguém se importa, haveriam motivos para que em uma liga amadora no estado do Rio de Janeiro alguém ligasse? Não. O placar terminou com a vitória por 17 a 13 para o Wolves, bom jogo e com emoção até o fim.

Durante a semana, uma atleta do Valença publicou no evento da partida no facebook, uma foto dizendo que haveria treta. Infantil. Montou todo um circo, sendo que nem era um Super Bowl.

Tenho um respeito muito grande por atletas desse time, por outros, nem tanto. O "presida" do Valença é um deles, quando apitamos em Valença, ele nos recebeu com um ótimo almoço no seu condomínio, fomos muito bem tratados. Outro, é o camisa 33 no qual não sei o nome, mas é um adepto do bom e velho silêncio nas redes sociais.

O duelo começou um field goal para o Wolves, 3 a 0. O placar se manteve até o fim do jogo, quando os times alternaram a liderança. O marcador apontava a vitória dos Hunters por 13 a 9, quando Rodolfo, estreando como quarterback, acertou uma big play para Tiago Barbosa dentro da end zone, após a conversão de dois pontos para o mesmo Tiago, o Internacional assumiu a ponta por 17 a 13, deixando o adversário com três minutos no relógio. Após duas boas jogadas com grande avanço, aconteceu a interceptação do linebacker Celso e o jogo acabou.

Análise Wolves:

Muitas coisas mudaram desde a final contra o Nova Friburgo Yetis, em dezembro de 2013. O Wolves teve a saída do coordenador ofensivo, Matheus Wilbert, e do quarterback, Drake Stockler, ambos foram para o Teresópolis Rockers. Para essa partida, o playbook do Wolves foi reduzido, e os quarterbacks nunca tinham atuado em um jogo na vida. Murilo e Rodolfo foram bem demais. Murilo sempre foi water boy e marcador de pirulito, sempre esteve com o Wolves e finalmente teve uma oportunidade, pois chegou aos 16 anos, idade mínima para atuar no campeonato. O "novinho" mostrou personalidade e distribuiu a bola para muitos alvos, gostei muito. Rodolfo era wide receiver, se tornou quarterback e para um primeiro momento correspondeu ao que se esperava dele, pelo menos para esse jogo. Atuou em um estilo Colin Kaepernick, mas está com uma mania horrível de querer lançar contra o movimento do corpo, sofreu um fumble assim, faltou proteger a bola.

(foto: Yasmin Landim)
O jogo corrido do Wolves, foi regular, longe dos momentos de ouro que viveu em 2012/2013. Certamente, se Antônio, Macleyver, Guilherme Diego e Holyfield atuarem em 2014, o ataque terrestre fica "enjoado".

Os recebedores jogaram DEMAIS! Renan é muito atlético, estava com as mãos calibradas e não falhou quando foi acionado. Lucas veio do Dragons, rival do Wolves, mas jogou com personalidade e logo deixou de lado a desconfiança que poderia ter sido imposta por causa de seu passado. Em jogadas que tinha rota de profundidade, o menino se destacou, bom garoto. Rodrigo Marques era quarterback, se tornou tight end, hoje pode ser considerado uma bola de segurança nesse ataque, olho no gaúcho em 2014. Macleyver também atuou como recebedor nesse jogo, deu show nos passes curtos, obteve grandes avanços e surpreendeu, até bola deitado o jogador recebeu.

Não há muito o que falar sobre a linha ofensiva, estava remendada, mas jogou bem para quem não tinha entrosamento nenhum. Se começar a treinar junta e proteger os quarterbacks, o Wolves pode ter um dos melhores ataques da história da LiFFA.

E, se em 2013, a defesa do time foi uma das melhores da história, o ano não começou legal pra essa vertente. Desfalques fizeram com que a defesa não rendesse o esperado, o destaque ficou por conta do FS novato, Marco. Ex-goleiro, fez duas interceptações e forçou um fumble, tá bom ou quer mais para um estreante? No próximo jogo, contra o Volta Redonda Falcons, dia 13 de abril, alguns pilares da defesa retornam, trazendo mais estabilidade e segurança.

Análise Hunters:

Em fevereiro, apitei o amistoso entre Hunters e o Andorinhas de Magé, vi na equipe de Valença um saco de pancada sem tamanho, que se não melhorasse, seria candidato a tomar uma surra de qualquer um. O time canta de galo após uma vitória comum, sobre um time totalmente desfalcado, feio, né? 

Mas algumas coisas mudaram, outras não. A garra que o time mostrou é aplaudível, vi que dentro do coração de cada um bate um guerreiro. Sem técnica, sem tática, mas que bota na ponta da luva uma vontade sobrenatural.

O time ainda traz um pouco da tradição do soccer: a reclamação excessiva com a arbitragem. Uma pena. Mas parando pra analisar friamente, se alguém com muito conhecimento tomar o comando da equipe, em um ou dois anos eles podem brigar por um título. No interior do Rio, ainda hoje, quem tem mais conhecimento e vivência no esporte, tem grande vantagem sobre o resto que faz na garra.

O ataque não tem playbook e as jogadas são montadas no instinto e no "feeling" que eles fazem sobre a defesa. Algum jogador fala: "dá em mim", eles dão, não há muito critério. Mas quando as jogadas são em operação comboio fica difícil segurar. Algo que me intriga nesse ataque é jogar sem formações conhecidas. Não há i-formation, splits, full-house, shot gun, nada. São derivações bizarras dessas formações, o mais curioso é que dão certo. O full back é enorme, o quarterback tem um braço muito forte, Gabriel Xisto é de um potencial incrível e corre bem. Dois jogadores sobressaíram nas recepções, o camisa 80 e o camisa 22. O primeiro é baixinho, tem uma impulsão invejável, além de ser rápido e sempre buscar a jarda extra. Já o segundo, é muito alto, percebe-se que ele é a bola de segurança. Se não tiver uma secundária alta, o estrago será enorme.

A linha ofensiva é meio inconsistente, alterna momentos bons e ruins, mas há muito material humano. Assim como na defesa, que sempre para o ataque adversário com gang tackle, ou seja, muita gente pra parar um atleta só. O safety camisa 3, é um ótimo jogador, faz boas leituras da defesa e mostra conhecimento do jogo.

Tive divergências com alguns jogadores, mas não foi por mal, espero que entendam que amistoso não é Super Bowl. Tudo o que vivemos foi um teste para ver se são aptos a ingressar na LiFFA 2014. Agradeço a vinda desses atletas, espero encontrá-los mais vezes.    





quinta-feira, 27 de março de 2014

Contratações de peso

Julius Peppers e Henry Melton sairam de Chicago nesse free agency, mas o general manager, Phil Emery, se virou bem e conseguiu boas aquisições que fortaleceram a linha defensiva dos Bears.

A novela de Jared Allen prometia um final feliz em Dallas ou em Seattle, surpreendentemente, ele assinou com o seu, até então, rival de divisão por quatro e 32 milhões de dólares. Na comparação Allen e Peppers, eu fico com o ex-Minnesota. Ele é mais novo, mais rápido e vem jogando melhor nos últimos anos.

Só para que você entenda o impacto que o camisa 69 causa: Ele não tem uma temporada com menos de dez sacks, desde 2006, quando atuava em Kansas City. Nesse meio tempo, Allen teve temporadas de 22 sacks (2011), 15.5 (2007) e 14.5 (2008 e 2009). Allen vai cair como uma luva em Chicago, as linhas ofensivas precisam ter bastante cuidado.

Lamarr Houston, é um atleta que pressiona e impressiona, muito bom. Sua aquisição, avulsa, já era muito boa, mas juntando com Jared Allen será um terror para as OL's. Os Bears jogam no esquema 4-3, com dois DE's nas pontas e dois DT's mais centralizados. Houston era a peça de pressão que faltava nessa linha.
Em 2013, Allen (esq.) atuou pelos Vikings e Houston (dir.) jogou pelos Raiders

Um bom filho à casa torna, certo? Pelo menos esse ditado se encaixa para Israel Idonije, que jogou por nove temporadas em Chicago e na última temporada atuou por Detroit. Recentemente, assinou um contrato de um ano com os Bears. Idonije vem para ser reserva, e mesmo sem ser um sacador nato, é experiente e tem história na franquia, o que levou a diretoria a querer assinar com ele.

Os linebackers não são os melhores da liga, Lance Briggs é quem salva nesse grupo, mas com uma linha defensiva pressionando o quarterback, os LB's não precisam se concentrar com frequência em blitz. Só para dado estatístico, os Bears ficaram na 31ª posição em sack da última temporada, apenas na frente dos Jaguars. Pelo visto esses reforços chegaram em boa hora.

terça-feira, 25 de março de 2014

Todos por Jim Kelly

Na semana passada, veio à tona o câncer oral do ex-quarterback dos Bills, Jim Kelly. Em junho de 2013, o ex-atleta de 54 anos fez uma cirurgia na mandíbula retirando as células cancerígenas. Em uma sexta-feira, 14 de março, foi descoberto um câncer na boca de Kelly, quando fazia exames referentes a sua última cirurgia.

De imediato, não fui buscar saber sobre o que se tratava, mas na tarde desta terça-feira (25), li uma matéria da ESPN, em que a esposa de Jim Kelly dizia que o problema já estava avançando e atacando rápido. O ídolo do Buffalo Bills será operado nesta quinta-feira (27), peço que rezem por ele.

Kelly atuou toda a carreira em Buffalo e passou das 35.000 jardas aéreas.
Kelly está longe de ter algum grau de parentesco comigo, mas confesso, quando o assunto é jogador da NFL e doença, fico meio chateado. Kelly brilhou em campo, levou os Bills para quatro Super Bowls, mas não venceu nenhum, mesmo assim está na história. Estar no Hall da Fama é estar eternizado, ser imortal na galeria de grandes, imensos e imensuráveis pessoas que fizeram pessoas sorrir, cidades aparecerem nos mapas e franquias terem reconhecimento.

A família de Kelly pede a oração de todos, Buffalo pede a oração de todos. Nos próximos dias, somos todos por Jim Kelly.

Em um texto de busca pela sobrevida, infelizmente, cito o falecimento de Ralph Wilson Jr. que era dono dos Bills e faleceu aos 95 anos nesta terça-feira (25). Wilson foi um dos maiores donos de times, assim como Kelly, está no Hall da Fama. Esse homem foi um grande empreendedor, pois comprou os Bills em 1959 pela bagatela de 25.000 dólares. De acordo com a revista Forbes, na avaliação de agosto de 2013, a franquia vale 870 milhões de dólares.

Ralph Wilson Jr. ajudou a fundar a NFL e nomeou o atual estádio dos Bills com o seu próprio nome em 1999. Dois grandes homens, duas grandes personalidades e dois ídolos que desde muito tempo estão no coração dos torcedores de Buffalo. A liga e o esporte agradecem suas colaborações.

Não será um novo Tony Romo

Grandes franquias, geralmente, precisam de grandes quarterbacks. A NFL castiga quem não tem bons quarterbacks, salvas as excessões. Matt Ryan é um bom quarterback, mas é pra começar a questionar sua efetividade em pós-temporada, assim como Tony Romo e Andy Dalton.

O quarterback é pocket passer, no melhor estilo que faz sucesso na liga. Ryan em sete temporadas, tem 23.472 jardas passadas, 153 touchdowns e 77 interceptações, além de três temporadas com mais de 4.000 jardas, ele tem 17 viradas no quarto período e 24 campanhas pra vitória. Ter Julio Jones, Roddy White e Tony Gonzalez ajuda também, né? Obviamente, sem tirar o mérito do camisa 2.

Bons números na temporada regular, até que o ano vira, a pós-temporada chega e os grandes aparecem. Ser grande nos playoffs não é apenas uma questão de bons números, mas ter personalidade de conduzir um time no quarto período, vencer em um estádio hostil, na linguagem popular: "NÃO PIPOCAR".
Matt Ryan foi a primeira escolha dos Falcons em 2008 (foto: The Sports Quotient)


Na pós-temporada, Matt Ryan tem nove touchdowns, sete interceptações, média de 246 jardas por jogo, rating médio de 85.2, totalizando uma vitória e quatro derrotas em jogos de pós-temporada. 


Algo me diz que o Matt Ryan ainda pode se tornar um QB melhor - não no nível de Brady, P.Manning, Brees e Rodgers -, saindo desse patamar de quarterback médio que ele ficou estagnado nos últimos anos. Atlanta é uma franquia sem muita tradição, é verdade, mas quem diz que a história não pode mudar?

Torcedor, acredite no seu quarterback, pois com confiança o jogador se sente mais a vontade para poder produzir, e produzindo, ele vai lhe dar muitas alegrias. Mesmo não sendo difícil, o ano de 2014 será melhor para o Falcons, mas não acredito que busque playoffs. 

Sem mais enterradas

Todo mundo que gosta do futebol americano, adora as coisas bonita do jogo como as big plays, interceptações para touchdown, os big hits que fazem a galera levantar, mas os pequenos detalhes também trazer graça ao jogo. Quem não gosta daquele trash talking bem feito e das dancinhas engraçadinhas dos jogadores de linha defensiva?

Dessa vez, a NFL passou dos limites quanto aos "bons modos". Eu confesso que há comemorações excessivas como fingir que está atirando no próprio pé, comemorar com a cheerleader do adversário, comemorar em cima do escudo do rival, mas enterrar no "Y"?
Tony Gonzalez em enterrada após um touchdown.  (foto: FanSided.com)

Por favor, isso é um desrespeito . O ponto máximo do jogo é o touchdown, ter que restringir uma comemoração que não ofende ninguém, é sem nexo. Essa falta será considerada comemoração excessiva, realmente uma pena.

Os torcedores da NFL começam a chamar a liga de No Fun League, pois os organizadores do torneio vem mudando coisas desnecessárias como essa. Que esse tipo de mudança pare por aqui, pois é feio e tira muito dos pequenos detalhes que encantam.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Uma nova chance

O que o torcedor dos Jets não queria mais ver era o Mark Sanchez como titular, conseguiram. O atleta tem cinco anos na NFL, em 2009 e 2010, fez parte dos Jets que foram para a final de conferência. Mas de lá pra cá, virou chacota, perdeu espaço e a a pergunta que rondava os bastidores da liga era: Qual será o fim do camisa 6?


Pelo visto ainda não terá um fim, pois hoje pela tarde, surgiu um rumor de que o quarterback tem grandes chances de ir para Philadelphia. Confesso que eu não sou o maior fã desse jogador, mas quem não quer um quarterback que teve quatro temporadas como titular? Ok, é o Sanchez, mas fontes ligadas ao Philadelphia afirmam que ele seria o terceiro reserva, isso ameniza o impacto da contratação. 

Sanchez foi a quinta escolha do draft de 2009 (foto: NY Mag)

Gosto da aquisição para a situação, ele se juntará a Matt Barkley na reserva. A chance dele jogar em 2014 é quase nula, mas dependendo da grana aplicada na aquisição, é bom para ele e para os Eagles.

A NFL está sendo inflada de quarterbacks, entre os novos e os desacreditados, muitos vão perder espaço e terão que se contentar com um sálario básico e um lugar quentinho no banco, assim como Sanchez.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Precisa-se de quaterback

Cada temporada que passa eu me pergunto: O que o Jay Cutler tem? Ser um quarterback é conduzir o time os quatro períodos, ganhar jogos, chegar perto de títulos, se necessário, colocar a equipe debaixo do braço. Cutler está na NFL desde 2006 e nunca fez isso com excelência. 

Jay Cutler é do mesmo "grupinho do Tony Romo", só tem uma vitória em pós-temporada, sendo que só teve dois jogos de playoffs na carreira em nove anos. Ele é fraco, displicente, no meu ponto de vista, é um quarterback ruim.

Cutler foi draftado na primeira rodada de 2006 pelos Broncos (foto: Chicago Now)
Seus números não correspondem com a quantia que é depositada na sua conta todo mês. Só para ter noção dos números bizarros do camisa 6, em seu primeiro ano em Chicago (2009), foram 27 touchdowns e 26 interceptações. Desde que entrou na NFL, NUNCA teve uma temporada com rating acima de 90. Vale lembrar, que em todas as temporadas ele sofreu mais de TRÊS FUMBLES.

Cutler recebeu em 2013 um contrato de sete anos, ou seja, até 2020 teremos esse problema para os torcedores de Chicago. Não creio que ele dure até lá, provavelmente, aparecerá outro quarterback que tome seu lugar. Marc Trestman tem que começar a perceber que o time não vai andar com Jay Cutler.

Por mais que pareça utópico, hoje, a chance que Chicago tinha de voltar a real briga por uma vaga na pós-temporada, era com Josh McCown. Os Bears pagavam um salário mínimo para o reserva, nesse ano, ele se tornou free agent e assinou com os Bucs por dois anos e 10 milhões de dólares. Essa grana poderia ter sido investida no camisa 12, caso a diretoria não tivesse feito uma "loucura salarial" com Cutler.

Chicago precisa se reorganizar, saber o que realmente o time quer. Na maioria das vezes, ninguém vence sem um quarterback bom. Essa safra de quarterback é boa, uma aquisição inteligente pode facilmente tirar Cutler da cadeira cativa em que ele se encontra. Se não for esse ano, que o free agency dos próximos possa ser bom para o time da "cidade dos ventos".

Os Bears são tradicionais, grandes e com muito nome na liga, chega a ser triste ver uma grande franquia com um quarterback ridículo.

quinta-feira, 20 de março de 2014

A "ostentação" de Baltimore

Se Carolina Panthers e New England Patriots sofrem com a falta de recebedores de confiança, Baltimore "ostenta" com tanta gente confiável pra receber os passes. Torrey Smith, Steve Smith, Dennis Pitta, Jacoby Jones e Marlon Brown são jogadores que fazem diferença, definitivamente, Joe Flacco não pode reclamar dos seus receivers.

A NFL é definitivamente uma liga que tem o passe como marca registrada, os times que têm grandes ataques aéreos, geralmente, tendem a ter sucesso. Quem não lembra da campanha dos Patriots de 2007, com 16 vitórias e nenhuma derrota, além de um Tom Brady mágico que lançou 50 touchdowns, e mais recente, o Peyton Manning de 2013 com 55 touchdowns e quebrando vários recordes.

A pretensão dos Ravens, quando o assunto é passe, tem que ser a melhor possível. Joe Flacco é um quarterback de pocket, ou seja, se movimenta muito pouco para as laterais e em situações extremas corre com a bola, no "jeitão que se dá bem NFL". Quando tem proteção, o camisa 5 é perigoso, com proteção e alvos potentes, o ataque de Baltimore pode ter muitos grandes momentos em 2014.
Flacco está na NFL desde 2008, e 2013 foi o único ano que o camisa 5 não foi aos playoffs (foto: Zambio.com)

Steve Smith é um jogador que dispensa apresentações, das suas 14 temporadas na NFL, em sete ele passou das 1.000 jardas recebidas. Um grande recebedor, apesar de ter apenas 1.75m. O baixinho é um jogador completo para sua estatura,  foi uma aquisição inestimável para os Ravens.

Torrey Smith joga muito, tem uma sintonia muito firme com Flacco e, provavelmente, será o wide receiver principal. O camisa 82 tem facilidade em qualquer tipo de rota, mesmo tendo a maior parte dos seus passes recebidos dentro das dez primeiras jardas.

Dennis Pitta é um ótimo TE, tem boas mãos, quando os Ravens precisam desafogar, geralmente, a bola vai para o tight end. Fundamental na campanha do título de 2012, o grandão ganhou o carinho da torcida. Jogou apenas quatro partidas em 2013, pois se contundiu. Mas esse ano promete muitas coisas boas para a vertente ofensiva de Baltimore, e Pitta pode ser muito mais do que um coadjuvante nessa história.

Jacoby Jones é um retornador de mão cheia, mas também faz um bom trabalho como recebedor. No Super Bowl 47, o jogador deu um show. Esse atleta é muito veloz, aparece em horas imporantes e na rota funda, vou parafrasear Galvão Bueno: "Segura que eu quero ver". Jones não é o cara que vai receber sete ou oito bolas em um jogo, mas quando a bola chegar nele, se a defesa não for rápida, será fatal.

Marlon Brown apareceu bem, logo em seu ano de calouro. Com sete touchdowns, o novato chamou atenção e, certamente, poderá colaborar muito com esse ataque. Muita velocidade, bons cortes, boas recepções. Esse jogador dará trabalho na NFL, anotem esse nome.

Jon Harbaugh é inteligente, tem o time na mão e sabe montar playbooks que mantenham o time competitivo, sem inventar moda, fato comprovado em 2012. Esse ano Baltimore brigará por playoffs novamente, só que será mais competitivo do que ano passado. Esse ataque mesmo antes de jogar junto já me dá uma impressão de ser bastante explosivo, tenho pena de quem pegar esse ataque em um dia inspirado.

Flacco com uma boa linha ofensiva, bons recebedores e o Ray Rice correndo bem, traz de volta a esperança que não se viu na última temporada.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Professor Michael Vick

Muito especulou-se sobre o time que Michael Vick atuaria em 2014. O veterano de 33 anos está procurando um time e há três candidatos na disputa: New York Jets, Oakland Raiders e Buffalo Bills. A chance dele ir para Nova York é grande, pois há fatores que colaboram para essa ida.

O New York Jets está montando um bom time e ter um quarterback experiente seria o ideal nesse momento, já que Geno Smith oscilou em algumas situações em 2013 e seria bom ter um jogador experiente lhe orientando em 2014. O coordenador ofensivo para esse ano será Marty Mornhinweg, que já trabalhou com Vick em Philadelphia.

Vick foi primeiro pick de 2001 (foto: Tsn.ca)
O ex-quarterback dos Falcons e Eagles tem características parecidas com a de Geno Smith, sendo que o jovem QB corre um pouco menos do que o veterano. Vick trará experiência, dentro e fora de campo, ele já viveu muito e pode passar ensinamentos do jogo e da vida para Smith. Acredito que os Jets busquem um professor, como foi Favre para Rodgers e Montana para Young.

Caso a contratação seja concretizada, para um primeiro momento coloco Vick como titular. Geno Smith não tem que se chatear com essa reserva momentânea, ele é novo, os Jets estão fazendo isso para o bem de todos e olhando para um futuro promissor.

Tennessee é verde e amarelo

O sonho de todo brasileiro que ama futebol americano é ter um compatriota jogando a temporada regular por um time da NFL, em 2013, quase conseguimos. Maikon Bonani não foi draftado e realizou a pré-temporada com os Titans, mas foi cortado. Felizmente, o time de Nashville assinou novamente com o brasileiro, que atuará por Tennessee em 2014.

Conversei com o Bonani na coletiva do training camp da AFWB, em fevereiro desse ano, no Rio de Janeiro. Perguntei o que ele tinha achado da disputa com o Rob Bironas, veterano kicker dos Titans, na pré-temporada de 2013, Bonani respondeu:

"Eu não acho que houve um vencedor. Nem ele me venceu, nem eu o venci. Com a mudança de treinadores, eles vão analisar o potencial de cada um e quem estiver chutando melhor ao final do training camp será o starter." - afirmou o brasileiro.
O registro do meu encontro com o Bonani, em fevereiro, no Camp da AFWB, no Rio de Janeiro.

Hoje a tarde, recebemos a notícia de que Rob Bironas foi dispensado. A comunidade do futebol americano no Brasil está em festa! Bonani merece demais essa oportunidade, até o momento, ele é o único chutador do time. Falando pelo que eu vi e vivi, Maikon é um cara muito legal, muito humilde, e o que importa é que ele CHUTA MUITO! Do meio do campo de General Severiano, ele acertou um chute alto, forte e reto. Fez parecer fácil, nunca vi alguém fazer algo do tipo.

Torço para que ele consiga manter seu chutes em um nível elevado, ele tem potencial pra isso. A minha felicidade no momento deve ser a mesma de vocês. Torço para que os grandes veículos do Brasil tenham noção do que isso significa para o esporte e mostrem para a população que não conhece, quem é o nosso representante.

Boa sorte, Maikon. Você merece isso e muito mais!


Quem é grande sempre tem espaço

Devin Hester é cornerback de origem, se transformou em wide receiver, mas fez seu nome na NFL como retornador de kickoffs e punts. Recentemente, o camisa 23 não teve seu contrato renovado com os Bears e virou um agente livre. Óbvio que ainda há espaço para um dos maiores retornadores, se não for o maior.

Na última terça-feira, Hester visitou Atlanta, mas não houve uma conversação de valores. Fontes dizem que ele merece um contrato de  4 mihões de dólares/ano e que está perto de jogar pelos Falcons. Atlanta flertou com Trindon Holliday, mas o baixinho assinou com os Giants, o alvo do momento é o ex-Chicago Bears.

Devin Hester em seu primeiro ano na NFL marcou cinco touchdowns como especialista (foto: ESPN.com)
Será que Hester só se encaixa em Atlanta nesse momento? Obviamente que não, Green Bay também pode e deve flertar com esse atleta. Em 2013, o novato Micah Hyde retornou, pois Jeremy Ross foi dispensado e Randall Cobb ficou parte da temporada machucado. Os especialistas de Green Bay foram 30º em média de jardas por retorno de kickoff (20.3 jardas), 7º em média de jardas por retorno de punt (11.3 jardas). Números que com o futuro nono anista melhorarão. 

Hester tem 18 touchdowns como especialista, quatro a mais do que como recebedor. Draftado em 2006, na segunda rodada, o novato destruiu na primeira temporada e hoje, com 31 anos, tem pelo menos mais uns quatro ou cinco anos jogando. Não sabe-se em qual nível, mas a "figura Hester" traz além de experiência, sabedoria para futuros novos retornadores.

terça-feira, 18 de março de 2014

O grande problema dos Panthers

Carolina fez uma campanha maravilhosa em 2013, surpreendendo a maioria das pessoas. Tudo funcionou direitinho, mas para 2014 parece que a bruxa está solta no ataque dos Panthers.

Cam Newton será operado no tornozelo amanhã e só irá ao training camp no final de julho. Se isso fosse a pior notícia até o momento, já estaria de bom tamanho, mas para quem o quarterback irá lançar? Steve Smith foi para Baltimore, Brandon LaFell foi para New England e Ted Ginn Jr. atuará pelos Cardinals. 

Em 2013, os Panthers venceram 12 dos 16 jogos (foto: www.fansided.com)
Sobram para o "Super Cam": R. J Webb, Kealoha Pilares, Tavarres King e mais uns dois ou três que não fazem diferença, mas terão que mostrar ao técnico Ron Rivera que podem ser úteis na temporada. Apenas Greg Olsen pode ser considerado uma opção de verdade, mas o tight end não faz parte da nata da posição e contratações precisam ser feitas.

Dave Gettleman é o general manager dos Panthers, e o que ele fez até agora para reforçar o corpo de recebedores? Nada! James Jones, recentemente contratado por Oakland, disse no domingo (16) que ele ficaria muito feliz de jogar em Carolina, aonde estava o GM quando ele disse isso? Isso era um caso de assinar na hora, Jones cairia bem no esquema de Ron Rivera.

Desejo sorte ao Carolina Panthers, precisarão. O draft terá que ser perfeito para que a temporada não seja um desastre.

Estamos contratando recebedores

O que foi problema em 2013, pode se repetir em 2014, se Robert Kraft não "mexer os pauzinhos". Quem viu Randy Moss receber 23 touchdowns em um ano, fica atordoado quando olhar pro seu corpo de wide receivers e vê o maravilhoso Gronkowski sendo incógnita, o ótimo Julius Edelman, o comum Brandon LaFell, e a dupla de novatos duvidosos, Kenbrell Thompkins e Aaron Dobson. Gosto dos dois últimos, acho que em um futuro eles serão melhores, mas New England precisa de um "hoje".

Tom Brady é um dos melhores quarterbacks da liga e da história, se não for o melhor. Grandes quarterbacks fazem o nome de seus recebedores. Vemos o caso de Julius Edelman e Wes Welker, que são grandes atletas, mas que apareceram por causa do camisa 12.

É necessário mais alvos de confiança, Brady não pode fazer milagre. Essa escassez de recebedores é refletida em números. Em 2013, seu rating foi de 87.3, sendo que nos últimos anos, quase todos passavam dos 100. Foram poucos passes para touchdown, 24, sendo a menor marca desde 2006.
Tom Brady teve seu pior rating desde 2003 (foto: Business Insider)

O mercado já não conta com recebedores tão bons como James Jones e Eric Decker, mas o draft está chegando e trazer um ou dois wide receivers é o essencial. É preciso trazer um WR 1, aquele no estilo Randy Moss, Calvin Johnson e Terrell Owens, pois Edelman não pode desempenhar esse papel e o LaFell não é atleta pra isso. 

Que venha o draft, que o free agency seja bom e que a sabedoria paire no GM.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Elevando o nível da linha defensiva

Quando você pensa em Green Bay, sua primeira lembrança é a precisão de Aaron Rodgers, depois você pode pensar nas "tratoradas" de Eddie Lacy e nas boas recepções de Jordy Nelson e Randall Cobb. Mas as contratações do free agency elevaram a qualidade da linha defensiva em alguns níveis.

Na sexta-feira, fiquei pensando no que o GM Ted Thompson podia fazer pra melhorar essa linha que já conta com bons jogadores, como Ryan Pickett, B.J Raji, Johnny Jolly. Pensei em boas aquisições no draft, cheguei a ser radical, imaginei uma troca, mas sem pensar em jogadores aptos para essa transação.

Sábado pela manhã, acordei e ao entrar no twitter me deparei com a contratação do veterano Julius Peppers, fiquei pasmo. Desde que eu acompanho NFL (2007) nunca vi Green Bay fazer uma contratação forte assim, e o melhor, o contrato de três anos, 30 milhões de dólares, sendo 7.5 garantidos, me impressionou. Foi um ganho inestimável, faltava isso pra defesa. Minha dúvida fica em relação ao esquema usado, pois Peppers é atleta de 4-3 e os Packers atuam em 3-4.

Peppers atuou no Chicago Bears, rival de divisão dos Packers, entre 2010 e 2013 (foto: Bleacher Report)
Hoje, Green Bay se reforçou mais ainda, trouxe o defensive tackle que atuava em Minnesota desde 2009, Letroy Guion. Esse atleta não veio para ser titular, mas ter reservas que são regulares é importante para quem quer vencer. 

Essa linha vai tomando forma, vai ficando forte e se jogadores como Josh Boyd e Mike Neal tiverem uma melhora significativa, a pressão nos quarterbacks adversários aumentará e a cobertura no passe será melhor, pois as jogadas com blitz não serão tão necessárias.

Ah, não! O Weeden não!

A maioria das pessoas que acompanham a NFL mais de perto conhecem o estilo "fanfarrão" de Jerry Jones administrar os Cowboys. Para ele, parece que é o "Madden da vida real". Ano passado, Jerry Jones deu um contrato de sete anos e 108 milhões de dólares para Tony Romo, e esse ano, por necessidade, o sálario foi reduzido.

Será que foi o Jim Irsay, dono dos Colts, que usou drogas recentemente? Hoje a tarde, o Dallas Cowboys assinou com Brandon Weeden. Infelizmente.

A primeira pergunta que me veio a cabeça quando eu vi a notícia foi: Aonde o Jones quer chegar com isso?

Certamente, não é para fazer sombra em Tony Romo, pois ele tem uma relação muito próxima com o camisa 9. A hipótese mais óbvia é para ter um backup, mas Kyle Orton está ali. Dentro de um cenário de Brandon Weeden e Kyle Orton disputando uma vaga, o reserva imediato de Tony Romo tem que ser o Orton.

Não sei se vocês lembram, mas Weeden tem 30 anos e teve duas temporadas para mostrar que mesmo com a idade avançada para um recém-chegado na NFL ele tem potencial, não mostrou e foi pra reserva. Weeden sempre jogou mal quando precisou sair do banco, coincidentemente, quando foi titular também.
Em 2012, Brando Weeden lançou para 14 touchdown e 17 interceptações (foto: www.Cleveland.com)

Há vários outros jogadores com potencial para serem reservas do Romo: Kevin Kolb (ex-Bills), Colt McCoy (ex-49ers, Matt Flynn (ex-Packers), entre outros. Provavelmente, Jared Allen deve jogar em Dallas esse ano, mas é preciso acertar muita coisa na defesa. Reformular a linha defensiva, trazer jogadores para fechar a lacuna deixada por Ware, além dos reservas que necessitam estar em um nível adequado ao jogo.

Agora que a bobagem foi feita, é torcer para Tony Romo não se machucar, pois se com ele é difícil, imagina sem?



A nova peça da engrenagem

Era pro único problema ofensivo de Cleveland ser o quarterback, mas a incrível ideia de trocar Trent Richardson com os Colts trouxe uma lacuna na posição de running back.

Willis McGahee, Frozzy Whittaker e Dion Lewis tentaram, mas não preencheram com eficiência o vão que ficou. Nesse sábado, o Cleveland Browns assinou com o running back Ben Tate, que atuou pelo Houston Texans em 2013.

Ben Tate tem 25 anos e está na sua quinta temporada na liga, mas será que o ex-Texans pode tirar a franquia do buraco?

Em 2011, Tate obteve a média de 5.4 jardas por corrida em 15 jogos disputados (foto: www.bubblews.com)
Tate é explosivo, isso é fato. Atuou, praticamente, a última temporada toda com uma contusão na costela e ainda foi bem. Conseguiu 771 jardas, em 181 corridas, dando a média de 4.3 jardas por tentativa. Foram quatro touchdowns, mesmo número de fumbles sofridos.

Não creio que Tate seja a solução da franquia, mas o jogo terrestre vai melhorar e desafogará o passe, quando a equipe não estiver indo bem. É necessário que a saúde do atleta esteja boa, sendo assim, a chance do camisa 44 exercer com o eficiência a sua função é grande. 

A torcida é para que Cleveland saia do buraco, arranje um quarterback de verdade e que dê uma sequência ao trabalho de seu treinador. Tate será peça importante nessa nova engrenagem.

sábado, 15 de março de 2014

Do jeito que está não pode ficar

Um dos lances mais "sem sal" da NFL é o extra point. Para quem não sabe, essa situação acontece após um touchdown, quando um kicker chuta no "Y" e caso a bola passe entre as balizas, é configurado o ponto extra.

O ponto extra foi adicionado ao futebol americano em 1912, quando o esporte não era tão profissional quanto é hoje. O ponto extra decidia jogos, pois o índice de acerto não era tão alto quanto no século XXI. Dos anos 1990 até 2013, foram chutados mais de 1.200 extra points, mais de 99% dos chutes foram convertidos em pontuação, números absurdos e que trazem à tona a discussão sobre a importância do ponto.
(foto: Conservational Alabama)
As duas idéias de mudança que podem ser propostas são:

1- Aumento da distância do field goal.

O chute, atualmente, é de 19 jardas. A ideia é levar o chute para a linha de 42 jardas, elevando a dificuldade, sem perder a característica original.

2- Touchdown valendo sete.

O chute seria abolido e o touchdown, automaticamente, valeria sete. A conversão de dois pontos não sofreria alterações.

Para quem ama o esporte, já está chato ver o extra point. Para manter as raízes do jogo, na minha opinião, levar a tentativa para a linha de 42 jardas seria o ideal.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Uma dupla que impõe respeito

Matthew Stafford é um quarterback com boas opções de passe, Calvin Johnson dispensa qualquer tipo de apresentação, Reggie Bush é ótimo nas recepções, Kevin Ogletree é bom e já fez um trabalho decente em Dallas, especialmente em 2012, Brandon Pettigrew (mesmo dropando algumas bolas), Joseph Fauria é pontuador nato e para complementar, Jeremy Ross que agrega muita velocidade ao ataque. Nessa semana, a diretoria se moveu e trouxe o ex-wide receiver do Seattle Seahawks, Golden Tate.

O impacto desse ataque nas defesas da NFL será enorme. As secundárias precisam se reforçar, se não, em todos os jogos Stafford passará das 400 jardas.

Megatron e Tate, se completam dentro de suas "necessidades". Com a chegada do ex-camisa 81 dos Seahawks, o grandalhão ganhará liberdade para fazer rotas em profundidade, a defesa começará a se preocupar com outro atleta de alto nível e o dinamismo do ataque mudará, facilitando a vida de Calvin Johnson Jr.

Tate marcou cinco TD's e avançou 898 jardas em 2013 (foto: www.tddaily.com)

Para Tate, a junção com Calvin Johnson é maravilhosa. Em Seattle, Tate fazia o papel de recebedor principal, devido à contusão de Sidney Rice e a ausência de Percy Harvin na maior parte do tempo. Ser o alvo principal não é o estilo de jogo do Tate. O receiver dropa poucas bolas, é muito veloz e é bom em quase todo tipo de rota.

Cuidado com essa dupla, amigos. Detroit se reforça e brigará por playoff em 2014.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Mike Glennon ou Josh McCown, uma injustiça sem tamanho

O ano de 2014 começou com muitas mudanças em Tampa Bay. Greg Schiano saiu e Lovie Smith assumiu o cargo de treinador principal. O capacete ficou mais bonito e o uniforme mais feio. Já no free agency, a diretoria abriu o cofre e muita gente boa chegou, inclusive Josh McCown.

Em 2013, a diretoria foi esperta e mandou Josh Freeman embora, dando a vaga de titular para o, até então, novato Mike Glennon. O camisa 8 foi bem, se você levar em conta que o calouro pegou "a batata assando". Com o jeitão de sucesso da NFL para quarterbacks, o ex-atleta de North Carolina State, em 13 jogos, lançou para 2.608 jardas, 19 touchdowns e apenas nove inteceptações. 

 Mike Glennon foi draftado na terceira rodada de 2013 (foto: www.TampaBay.com)
Josh McCown, está chegando ao seu quinto time na NFL em 12 anos na liga. Em quase nenhum foi valorizado pela torcida, exceto em Chicago. Na sombra do desconfiado Jay Cutler, McCown apareceu quando o camisa 6 se contundiu e a tão esperada oportunidade nasceu. Os Bears começaram a jogar bem, o camisa 12 brilhando e a certeza de que depois de tanto tempo a "cidade dos ventos" tinha realmente um quarterback. Em 2013, foram oito jogos, 1.829 jardas, 13 touchdowns e uma interceptação. Então, com a renovação de contrato do médio Cutler, McCown teria que procurar outro lugar, e achou na Flórida.

A briga será boa, é verdade. Dois atletas vindo de boas temporadas, fazem com que o derrotado seja injustiçado, os dois merecem a titularidade. Mike Glennon, é novo e tem potencial para ser o próximo Nick Foles e seus companheiros são bons para lhe tornar um grande quarterback. McCown chegou nesse turbilhão que está sendo o free agency, mas tem qualidade e depois de tanto tempo na liga, mostra segurança.

Confesso que minha torcida é para Mike Glennon, mas queria que Josh McCown se encontrasse em outro time. Chicago era o lugar dele, mas saibam: Na primeira interceptação de Jay Cutler para ganhar o jogo, McCown será lembrado. Pena que memórias não ganham jogos.

A supervalorização de Darrelle Revis

Darrelle Revis é famosos pela sua ilha, ou seja, sua poderosa marcação individual. Revis fez seu nome no New York Jets (2007-2012), rival de divisão do time em que atuará em 2014. O New England Patriots.

Logo após ser dispensado pelo Tampa Bay Buccaneers, equipe onde atuou em 2013, todo mundo queria saber onde o camisa 24 atuaria, pois seu salário era muito, cerca de 16 milhões de dólares em um ano.

Em 2009, Revis teve 31 passes defendidos (foto: NFL Blog)
A ida de Aqib Talib para Denver trouxe uma lacuna na posição de cornerback principal, e seguramente, Revis era a opção mais inteligente, não a com mais custo-benefício. Os Patriots contrataram o corneback por um ano e 12 milhões de dólares, sendo que hoje pela manhã noticiaram que seu contrato seria de dois anos e 32 milhões. Será que não estão gastando dinheiro demais com uma posição que pode ser melhor composta com outros atletas?

Supondo que você tivesse 16 milhões de dólares pra gastar em um ano, e você fosse o GM dos Patriots, a urgência seria trazer um recebedor, certo? O mercado tinha Eric Decker, Emmanuel Sanders, ainda tem Steve Smith.

Vamos ver o quanto o Revis produzirá, mas no momento, a negociação não é vantajosa para o time do maridão da Giselle. Gosto dele, espero que ele queime minha língua.

Ameaçando uma decolagem

Após um ano de 2013 ridículo, com um Geno Smith inconsistente e sem emoções positivas, os Jets parecem ter aprendido a lição e foram ao mercado buscar reforços.

Muitos criticaram a permanência de Rex Ryan como head coach, mas não vejo motivo para estardalhaço, tendo em vista que dos técnicos que teriam no mercado, ele é o mais apto para levar Nova York para os playoffs, sem contar que já conhece os "macetes da franquia".

Nas últimas 24 horas, Breno Giacomini (ex-tackle dos Seahawks) e Eric Decker (ex-receiver dos Broncos) assinaram com o New York Jets. 

Breno Giacomini é um bom tackle e pode fazer uma boa proteção no quarterback que chegará em Nova York, certamente não será Mark Sanchez e a chance de ser Geno Smith é pequena. Breno Giacomini tem muito potencial e é relativamente novo.

Decker marcou 11 touchdowns em 2013 pelo Denver Broncos (foto: SB Nation)
Eu confesso ter ficado surpreso e feliz com a aquisição do Eric Decker, acho que melhor, no momento, é impossível. Ele é alto, atlético, tem boas mãos, sabe fazer rotas precisas, além de cair sozinho. 

Um quarterback que não seja ruim, Chris Ivory, Eric Decker, uma linha ofensiva interessante, Jeff Cumberland e mais uma opção de alvo traz o NY Jets de volta para a briga da Wild Card. Patriots ainda domina, isso é um fato.

quarta-feira, 12 de março de 2014

O mágico do playbook

O estrago que o Colin Kaepernick fez desde que assumiu a vaga de titular foi enorme. Seu estilo de jogo complica a vida das defesas. Lança bem, mas com uma mecânica pouco convencional, sem falar que sua corrida é muito potente e sua leitura é bem precisa em diversos momentos. É displicente em algumas situações, mas nada mais que alguns anos na liga não resolvam.

Colin Kaepernick executa, mas quem pensa nas jogadas pro camisa 7? Ali no canto, na sideline, se estabelece o gênio ofensivo que coordena o ataque de San Francisco. Greg Roman.

Certamente, você já viu a pistol formation em algum jogo dos 49ers. Essa formação veio à tona em 2012, mas em 2013 foi decifrada e teve sua efetividade diminuida por conta do aprendizado que os outros times tiveram na virada da temporada.
Greg Roman está desde 2011 em San Francisco (foto: ABC News)

O que impressiona nas chamadas ofensivas de Greg Roman são as dezenas de shifts (mudança de formação) e motions (mudança de apenas um atleta antes do snap). São dezenas de formações, muitas delas criadas por Roman, que atreladas a pistol formation e ao read-option, trazem San Francisco a um outro nível de criatividade ofensiva.

Vejo o Coordenador Ofensivo dos 49ers como um revolucionário da vertente ofensiva, junto com a sabedoria e ousadia de Jim Harbaugh, esse ataque tem tudo para jogar muito em 2014.

O equívoco de Minnesota

Após os Vikings não terem ido aos playoffs e Leslie Frazier ter sido demitido, muito se especulou em volta de Greg Roman como head coach de Minnesota para 2014. Sempre bati na tecla de que um ataque com um quarterback nas mesmas características de Colin Kaepernick (poderia ser Teddy Bridgewater ou Johnny Manziel), junto com Adrian Peterson, Jerome Felton, Greg Jennings, Cordarrelle Patterson e Kyle Rudolph seria muito produtivo.

Bridgewater (esqueda) e Manziel (direita) são favoritos a serem draftados na primeira rodada. (foto: Chron)
Os jogadores citados são muito bons, inteligentes e poderiam ser uma nova versão dos 49ers, ofensivamente falando. O GM dos Vikings, Rick Spielman, optou por trazer Mike Zimmer, ex-coordenador defensivo dos Bengals. Não duvido que ele melhore Minnesota em pelo menos 50%, mas reforço minha preferência por Greg Roman.

Um outro patamar de linebacker

Qualquer ser humano que goste de defesa, gosta de um jogador físico e com identificação com a torcida, gosta de DeMarcus Ware.

Pelo últimos anos, mesmo sem uma aparição em playoff, Ware estava lá, dando o sangue pelo time e sendo mais do que um jogador. O camisa 94 era um líder, e junto de Jason Witten, foram os pilares de sustentação desse time.

Ontem, recebemos a triste e surpreendente notícia de que o defensive end e outside linebacker foi dispensado pelos Cowboys.

Ter DeMarcus Ware no time é mais do que uma opção, para Dallas, deveria ser uma necessidade.

Se a defesa estava mal com ele, imagina sem? Jerry Jones cometeu uma burrada muito grande em deixá-lo partir.

Ware foi first pick dos Cowboys em 2005 (foto: www.mail.com)
Hoje, o atleta é um dos melhores free agents no mercado, desde 2005 na liga e com 32 anos, eu acredito que ele tenha "muita gasolina no tanque". Acredito não só pelas suas sete convocações ao Pro Bowl, por ser duas vezes o maior atleta que mais sacou na liga em uma temporada. Ware é de uma outra classe de linebackers, os que fazem o jogo valer a pena. 

Denver é favorito para levar o veterano, se levar, contrata muito bem. Von Miller terá um professor fora de série, os Broncos terão um mega jogador e os fãs da NFL, assim como eu, terão mais alguns anos de DeMarcus Ware em campo.

terça-feira, 11 de março de 2014

Alterraun Verner: O bom desconhecido

Dos cornerbacks que atuam na NFL, você, certamente, lembra de Richard Sherman, Antonio Cromartie, Champ Bailey e mais uma legião de famosos. E o Alterraun Verner, você conhece?

Entrando no seu quinto ano na NFL, o ex-jogador dos Titans assinou hoje com o Tampa Bay Buccaneers por 4 anos, 26.5 milhões de dólares, sendo 14 garantidos.

Verner foi draftado na quarta rodada de 2010 (foto: CBS Sports)
Verner é do tipo mineirinho, come pelas beiradas e quando vê, comeu o prato todo. Esse rapaz joga muito, sempre foi pouco mencionado, pois jogava em um time que sempre fez campanhas meia boca, mas é um dos meus preferidos na posição. Peço sua atenção para ele nessa temporada. Em 2013, atuando pelos Titans, o defensive back conseguiu cinco interceptações (quinto na liga) e 23 passes defendidos (primeiro na liga, empatado com Lardarius Webb dos Ravens).

Espero que em pouco tempo o Alterraun Verner tenha seu reconhecimento merecido. Joga demais.



Adeus, âncora.

Desde David Garrard, ter um quarterback fixo e minimamente confiável em Jacksonville virou um desafio. Muitos quarterbacks passaram por ali, ninguém se firmou e draftaram Blaine Gabbert. Coitados.

Digo que são coitados, pois além do que pelo o camisa 11 produziu, ninguém merece ter um primeiro pick "jogado fora".

Nas últimas horas o ex-quarterback de Jacksonville foi trocado por uma sexta rodada junto ao San Francisco 49ers. Realmente, é um pick muito baixo, mas era necessário que isso fosse feito. Gabbert se tornou uma âncora na equipe e o símbolo dessa fase desastrosa que a franquia vive.

Gabbert draftado em 2011 não rendeu frutos na Flórida.
Jacksonville tem que agradecer de joelhos pela caridade que os 49ers fizeram. Quanta gente melhor tem nesse mercado? É verdade, mas uma coisa que a NFL me ensinou foi: "Nunca chame o Jim Harbaugh de burro, ele tem personalidade sabe o que faz."

Agora só pra completar essa história, o Kaepernick se machuca e o Blaine Gabbert começa a jogar bem. Que o destino não seja cruel, mas ninguém pode duvidar de nada que acontece no esporte.

Cleveland Browns: Lucro ou prejuízo?

O Cleveland Browns, para mim, é um time simpático. Conta com bons jogadores, tem uma história muito bacana, só que não consegue montar equipes competitivas para chegar na pós-temporada.

O ataque tem bons jogadores até o momento como o center Alex Mack, o left tackle, Joe Thomas, o wide receiver Josh Gordon e o tight end Jordan Cameron. A defesa conta e contava com pilares como o cornerback Joe Haden, o linebacker D'Qwell Jackson que assinou com o Colts e o safety T.J Ward que acaba de assinar com o Denver Broncos.

(Jackson (centro) e Ward (direita) não estarão com os Brown em 2014)
É totalmente notável que esses dois últimos atletas citados farão uma falta monstruosa, desde a presença em campo, como a presença nos vestiários. Hoje chegaram dois atletas magníficos: O LB Karlos Dansby e o SS Donte Whitner. O título do texto foi a pergunta que rondou minha cabeça.

Se for comparar jogador por jogador, Jackson é melhor que o Dansby e o T.J Ward é melhor strong safety da liga para mim, melhor até mesmo do que o Kam Chancellor dos Seahawks e que o Whitner.

Mas a meta em Cleveland é renovar, certo? Também, mas nesse caso a meta em Cleveland é ter jogadores bons por preços mais acessíveis e não está fazendo certo.

Karlos Dansby, tem 32 anos e receberá pelos próximos quatro anos, 24 milhões de dólares, sendo 14 garantidos. D'Qwell Jackson tem 30 ano, assinou por quatro anos, 22 milhões de dólares e 11 garantidos. É díficil entender o que o GM pensou, mas foi uma mancada, Jackson é quase o Ray Lewis de Cleveland (não é um exagero). Dansby jogou melhor em 2013, mas há certas coisas que o dinheiro não compra, como a liderança.

T.J Ward, tem 27 anos, assinou por três anos e receberá 5.5 milhões por ano, sendo o valor total do contrato ainda não divulgado. Donte Whitner, tem 28 anos, é um "hard-hitter" nato, ou seja, "trombador de carteirinha. O ex-49ers pode ser um bom jogador em Cleveland, mas dificilmente será melhor que Ward.

Minha conclusão final: Hoje parece ser uma boa negociação, mas franquias se constroem com o tempo e campeões não nascem de uma hora para outra, Cleveland acredita ter acertado, mas novamente se equivoca onde não era tão difícil acertar.



O que é o Opinião FA?

O futebol americano está crescendo em progressão geométrica no Brasil, disparadamente é o esporte que vem ganhando mais adeptos e mais espectadores.

Esse blog foi criado com o intuito de trazer uma opinião de quem vê futebol americano com amor, mas sem perder a razão. Hoje em dia há vários sites de informação, mas temos quantos de opinião? Recomendo o www.NFLBrasil.net, para quem quer se informar, escrevo lá e confesso, é muito organizado. Todo o ano é planejado pra levar o melhor da notícia pra quem ama a NFL.

Para quem não me conhece, sou estudante de jornalismo e acompanho futebol americano desde 2007. Jogo futebol americano pelo Internacional Wolves, sou árbitro da Liga Fluminense de Futebol Americano (LiFFA) e além de tudo, um amante incondicional da bola oval.