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terça-feira, 25 de outubro de 2016

DC Bernardo Scofano avalia a eliminação do Nova Friburgo Yetis na temporada 2016

Após a última rodada da Liga Fluminense de Futebol Americano, o ano vai chegando ao fim para o Nova Friburgo Yetis. Em uma temporada ruim com o recorde atual de uma vitória e quatro derrotas, a equipe da Serra Fluminense não tem mais chances de se classificar e só cumpre tabela contra o Botafogo Reptiles, no dia 30 de novembro, no Rio de Janeiro. E agora você confere a avaliação do coordenador defensivo, Bernardo Scofano. Uma conversa franca sobre um ano negativo para os Homens de Gelo.

Bernardo é o coordenador defensivo (foto: Jéssica Santos)
Opinião F.A: Como você avalia a temporada do Nova Friburgo Yetis?

Bernardo Scofano: "Obviamente, não tem como eu dizer que eu fico satisfeito com a nossa campanha. Embora eu nunca tenha concordado com o favoritismo que nos era atribuído pela "experiência" no Full-Pads. Acredito que poderíamos ter jogado melhor em praticamente todos os aspectos do jogo. Mas, de qualquer forma, eu acho que tem sido um aprendizado muito importante para todos nós. Creio que é comparável ao que o Yetis viveu em na LiFFA 2012, quando éramos vistos como favoritos e fizemos uma campanha bem ruim."

O: Onde os Yetis deram errado e vocês não esperavam?

Bernardo: "Não digo que "deu errado", porque acho que a gente sempre tira algo proveitoso de tudo, mas, sem dúvidas, a gente pode apontar diversas "falhas". Falando como Coach, eu acho que um dos pontos que mais dificultou foi nosso elenco reduzido. A gente teve muita desistência, inclusive de veteranos, por não terem condições financeiras de se equipar, por não estarem dispostos a encarar o esporte com maior profissionalismo, além de inúmeras lesões.

Isso tudo, obviamente, impacta no nosso jogo. Um exemplo disso é que está é nossa quinta temporada consecutiva com um quarterback titular diferente, sendo que o Arthur (Faria) é o jogador mais novo da história da LiFFA. Metade dos nossos titulares eram novatos ou atletas migrando de posição, é normal que leve um tempo para adaptação."

O: O que você viu dar certo em 2016 e quer levar para o ano que vem?

Arthur é o atleta mais novo da LiFFA (foto: Jéssica Santos)
Bernardo: "Então, eu acho que toda a experiência adquirida por todo o time, mas principalmente pelo Arthur, tem sido fundamental! Além disso, o pessoal entendeu que é preciso dar esse salto de qualidade tanto dentro quanto fora de campo. Os jogadores têm treinado não só em maior quantidade, mas em maior qualidade e a diretoria tem sido muito mais ativa, o que já está gerando frutos, com dois novos patrocinadores."

O: E o Arthur? Dá pra falar que ele é o futuro?

Bernardo: "Eu acho o Arthur incrível! Quem o vê jogando não diz que é um menino que acabou de fazer 16 anos. O nosso plano era ele ser o segundo quarterback, com o Henri (Araújo) de titular, tanto para ele conseguir desenvolver um pouco mais os fundamentos, quanto pra ganhar mais peso. Mas com a mudança do Henri de Friburgo, a gente acabou tendo que antecipar todo esse planejamento. Obviamente que ele ainda tem muitos pontos a evoluir mas eu vejo no Arthur alguns atributos que a gente não pode "coachear", são talentos naturais, como sua liderança e coragem."


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