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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Entre altos e baixos, Volta Redonda Falcons fecha o ano com saldo mais do que positivo

Na nossa cultura, o vice-campeão não é o segundo vencedor, é o primeiro perdedor. Isso vem do futebol da competitividade excessiva. Mas, olhando para o Volta Redonda Falcons, vemos o segundo vencedor em campo e o primeiro fora. Com um show de organização e com a aparição na Final, após um ano bem agitado, o saldo é positivo, muito positivo! Entenda o ano dos vice-campeões da LiFFA:
Bem, já em 2014 a equipe surpreendeu - ou só mostrou tudo que sabia - e chegou à terceira colocação na edição, batendo de frente e quase vencendo o campeão Rio de Janeiro Islanders em duas oportunidades. Isso fez com que a Liga abrisse os olhos para esse time que é, realmente, querido por todos do interior.

Seguindo, chegou o ano de 2015 e além da diretoria renovada, o comando de técnico principal foi mudado. O HC Jeff Fromholz foi para os times especiais e Marcelo Arantes trocou a defesa para ser técnico principal - focado ainda nas chamadas do setor; Ivan Cunha é o OC.
Marcelo Arantes no pós-jogo do Raulino (foto: Dayane Almeida/Opinião F.A)
Em fevereiro tivemos o Super Bowl. E os Falcons deram seu primeiro passo de inteligência na divulgação do time. Com o cinema transmitindo o jogo mais importante do ano no futebol americano, a equipe colocou uma baita divulgação de sua seletiva para novos jogadores. Resultado: 180 candidatos em uma quarta-feira, por volta das 00h.
Chamada da Seletiva no Cinema de Volta Redonda (foto: Divulgação)
Com o Try-Out conseguiram bons jogadores e logo no primeiro amistoso em 29 de março contra o Costa Verde Ducks vimos que alguns bons talentos se juntaram ao grupo, como o RB Guilherme Sargento e o WR Iago Zerbone - que viria a ser SeleLiFFA no fim do ano.

Na partida, eu notei a alta rotatividade de quarterbacks. Foram três: Chris Thuler, Felipe Santos e o ex-cornerback Tadeu Mangelli; Bruno Monção se recuperando de uma grave lesão apenas assistiu a partida da lateral. Ainda sim o time continuava forte.

Monção e Thuler eram os principais QBs do time 
Ai uma coisa horrenda aconteceu para a equipe: o WR João Adolpho quebrou a tíbia e perdeu o resto da temporada pelos Falcons e pelo Flamengo F.A. Junto dessa notícia, dois quarterbacks deixaram o time: Chris Thuler que foi morar nos EUA e Tadeu Mangelli que foi morar em São Paulo. Ainda tinha Felipe Santos e Bruno Monção se recuperando.
O camisa 87 era um dos melhores alvos do ataque (foto: Divulgação)
Começou a LiFFA e Bruno Monção voltou e bem. Só que na estreia contra o RJ Islanders, o bom volume de jogo do, até então, atuais campeões prevaleceu. O time da 'Cidade do Aço' sucumbiu em um jogo apertado onde o placar terminou em 21 a 19 para os cariocas.

Na segunda rodada, Bruno Monção treinou pouco e Marcelo Arantes junto de Ivan Cunha optou por não coloca-lo e escalou o QB Felipe Santos de apenas 19 anos no jogo duro contra o Andorinhas F.A. O resultado foi inusitado, um empate.

Esse foi um começo ruim, levando em consideração que Islanders estava 1-0, Andorinhas marcava 1-0-1 e o Blaze F.A estava 1-1. Um recorde de 0-1-1 não era o ideal em um grupo disputado.

Na sequência da competição, a equipe enfrentou UFF-Federals, Blaze F.A, Rio das Ostras Warriors e Itaipuaçu Krakens - que vence por W.O. Ou seja, nos primeiros dois compromissos a equipe marcou uma média de 14.5 pontos por jogo e sofreu uma média de 15.5. Nos outros três jogos da fase regular, a equipe marcou uma média de 52 pontos e sofreu uma média de quatro pontos por partida. Sem falar da vitória sofre os 'Nerds' fora de casa e os 91 pontos aplicados nos Warriors, na Região dos Lagos.

Uau, os Falcons embalaram e quem os para? A polêmica!

Não que tenha parado o time, mas três semanas antes dos Playoffs, o QB Bruno Monção, o RB Diego Soares, o TE Fábio Yaegashi e o DE Douglas 'Cachorro Louco' deixaram o time por causa de um problema entre Diego e o OC Ivan. Os amigos do running back compraram a briga e saíram com ele. O QB Felipe Santos, o RB Lucas Giatti, o TE Márvio e o DE Wagner são foram os substitutos.

Derrotaram o Blaze no sufoco, no último período e sem um QB definido, pois Felipe iniciou o jogo e 'amarelou', ai Lucas Fonseca assumiu e foi bem. Viraram um jogo que perdiam por 12 a 0, em casa. Passagem carimbada por Iago Zerbone à Niterói.

Do outro lado da ponte Rio-Niterói, a equipe novamente se mostrou com espírito de campeão, quando viraram um jogo de 20 a 6 no intervalo para 26 a 20. Heroico.

Ai chegou a final e a história você lê aqui.
Registro do Raulino durante o intervalo da partida (foto: Ayanne Carvalho/OpiniãoF.A)
Resumo da ópera:

Foram seis quarterbacks testados, sendo que o titular da final só se descobriu assim no Wild Card. Muita contusões, idas e vindas, sem falar da estrutura do Raulino que foi demais e mostrou a grandeza de uma equipe.

Volta Redonda Falcons, o começo de um novo começo.

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