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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vasco da Gama Patriotas atropela Botafogo Reptiles na abertura do Torneio Touchdown

Esperava-se um duelo muito equilibrado entre Botafogo e o Vasco, no Luso Brasileiro, nesse domingo (28), só que aconteceu o inverso. O Patriotas, atual campeão do Torneio Touchdown, venceu o Reptiles por 41 a 0, sem muitas dificuldades e com casa cheia. Agora, os cruzmaltinos esperam o dia 8 de agosto, quando recebem o Tubarões do Cerrado. Enquanto isso, os botafoguenses tentam sua recuperação contra o Vila Velha Tritões, também no Rio de Janeiro, em 2 de agosto.

Muitos pontos aconteceram na tarde de futebol americano na Ilha do Governador. O Vasco começou dando 100%, parando as duas primeiras campanhas do Reptiles e pontuando nas suas primeiras posses com lançamentos do americano Lucas Shaw para Lipe Fernandes e Rudá Andrade - com extra points convertidos. No segundo período, após fumble no punt, o DB Diego Slaxis levou a bola pra endzone aumentando a vantagem - sem XP. O primeiro tempo terminou com um TD no passe de Shaw para Tiago Barbosa, que após o ponto extra deixou o marcador em 27 a 0.

A etapa final foi mais pegada, mas ainda com domínio cruzmaltino. No terceiro período, Lucas lançou seu quarto passe para touchdown no jogo: o alvo foi o MVP da final do TTD 2014, Rudá Andrade. Encerrando a conta, ainda no mesmo quarto, Joshua Canup recuperou um fumble e foi pra TD. Ryan Homem converteu seu quinto chute extra na partida. Por causa da vantagem maior que 31 pontos no inicio dos últimos 12 minutos, o tempo correu livremente, com pausas apenas em contusões, timeouts, etc.

Análise:

Vasco da Gama Patriotas (1-0):

Lucas Shaw voltou tão 'cirúrgico' quanto em 2014. Achando janelas minúsculas, se movimentando bem, correndo só quando precisava e muito paciente. Aparentemente nada mudou para ele. Foram quatro touchdowns e nenhuma interceptação para o camisa 11. Destaque para a big play para o WR Lipe, onde conectou 38 jardas. No primeiro TD do Rudá, ele esperou até o último momento para lançar e deu certo. 
Pelo chão, se muita gente foi ao Luso Brasileiro ver o running back convocado para o Mundial, Rômulo Ramos, o 'R40', se decepcionou. Perto da viagem mais importante de sua carreira, ele foi poupado, entrando em poucos snaps. Leduc Fauth, Piter Damacino, Caio Vidal e 'Favorito' dividiram repetições nos snaps. Destaque para o primeiro mencionado: baixinho, rápido e sem medo de contato. Fez o feijão com arroz, alimentando as investidas terrestre do Vasco. Grande parte das corridas acontecendo com formação em Shotgun.

No ar, Lipe e Rudá são ótimos. Sempre guardam um touchdown pelo menos. Hoje, Lipe atuou bem menos, também por causa da viagem aos EUA para defender o Brasil. Rudá guardou dois. O camisa 13 sabe fazer rotas muito bem, e recebe tão bem quanto. Se fosse mais alto, seria um atleta com uma mídia muito maior.

A linha ofensiva fez uma boa partida. Deu tempo para Lucas Shaw arquitetar mudanças, adaptar e realizar as jogadas. Sofreram muita, mas muita pressão da trincheira botafoguense. Às vezes sediam à pressão, só que não sacaram o americano em muitas oportunidades. Nas traps, bloqueios entraram, dando os espaços pra execução das corridas.

Do outro lado da linha, incrível. Pressão, pressão e pressão. Ramon 'Mamão' veio ao chão algumas vezes, sendo apressado pra fazer o passe. As corridas pelo meio da linha entraram muito pouco. Grande trabalho da muralha vascaína. 

No corpo de linebackers, vi boas aparições de Sloan no fim do jogo e gostei da estreia do calouro João 'Holyfield'. Na secundária, a presença de outro jogador de Seleção faz diferença. Só a presença de Sodre em campo já traz uma nova cara pra secundária. Macaskill desviou passes, 'Gostosa' deu um belo hit em Loan. Entre outras boas situações que os DBs tiveram.
O tradicional Casaca no fim do jogo. (foto: Ayanne Carvalho)

Botafogo Reptiles (0-1):

O quarterback Ramon 'Mamão' Martire não teve uma tarde fácil, assim como nenhum outro companheiro de equipe. Ele sofreu muita pressão, pois a linha ofensiva estava muito cansada, chegando exausta ao fim da partida. Em uma descida ele até se aventurou correndo, mas por necessidade. O QB do Brasil Onças chegou a alinhar como recebedor, mas só bloqueou na formação Wild Cat. Sob ameaças constantes da linha adversária, ele fez passes muito fortes e que seus jogadores não conseguiram alcançar. Os screens até entraram no começo do jogo. Acho que podiam ter sido mais recorrentes.

Pelo chão, infelicidades. Aluan e Chicão fazem uma das boas duplas do TTD. No começo do jogo foram três corridas para dez jardas, tendo pistol como formação base. Depois, ficou difícil segurar a pressão, com isso foram muitos tackles atrás da linha de scrimmage. Chicão é um ótimo full back. Até abriu espaços, mas Aluan era derrubado antes. O corredor saiu machucado no fim do jogo. 

No ar, drops. Muitos drops. Nenhum recebedor teve tanto destaque, pois o ataque foi apagado em geral. Loan, Rodrigo, Pablo, ninguém conseguia fazer nada. A tarde foi muito difícil. Esperava que o TE Paulo Abrantes fosse mais ativado, mas não aconteceu. Gosto de usar tight ends para bola de segurança, mas não sei se o Reptiles pensa igual.

A não otimização dos recursos da OL refletem nos três parágrafos acima.

A DL fez o que pode. Foi um bom setor. Pressionou o quanto pôde e conseguiu chegar em Lucas, mas ele fazia ajustes e saia do pocket, voltava, fazia acontecer. Foi difícil. 

Não observei muito os linebackers, mas vimos que a secundária do Botafogo sofreu muito. Eduardo Mamede voltou para a equipe, mas sozinho não faz verão. Esse setor parecia muito perdido, perdendo batalhas individuais. Forçou um turnover, mas já no quarto período. Certeza que ajustes serão feitos nos starters.

Curtinhas:

Lotadão!

Olha, de acordo com a Fan Page do Vasco tinham 1.813 pessoas nesse estádio em uma tarde de domingo. Isso deixou muita gente surpresa, inclusive eu. Gostei do que vi. Começo a achar que se o Vasco chegar novamente à final, a decisão pode ser no Rio. Acredito que tenha que retorno para o TTD.
Público de 1.813 pessoas (foto: Facebook/Vasco)

Próxima geração

Nesse domingo, os presentes viram a forma que as crianças tratavam os jogadores. Era uma relação fã e ídolo. Esses que hoje pedem fotos, autógrafos e abraços são nossa próxima de geração de jogadores. Acredito que já sejam pessoas que vão elevar o nível do FA nacional ainda mais.

De primeira qualidade

Se futebol americano é feito pro público, o Vasco Patriotas assimilou bem e ofereceu pros presentes show do intervalo com banda marcial e cheerleaders. 

"Sem Lotufo":

O OC David Lotufo está com a perna quebrada, por isso ficou na arquibancada. Vi muita gente falando que sua energia, liderança e experiência fez falta na sideline. Até que ponto isso foi um fator determinante?

Outro resultados:

Em Caxias do Sul-RS: Juventude F.A 7 x 48 Timbó Rex;
Em Vila Velha-ES: Vila Velha Tritões 23 x 13 Lusa Lions.

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