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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Pedra sobre pedra

O primeiro campeão da LiFFA, o Teresópolis Rockers, passou por um ano trágico. O time não conseguiu vencer nenhuma partida em 2014 e nos últimos 11 jogos na LiFFA venceu apenas quatro, sendo três triunfos em 2012, ano do título. Vale lembrar que as pré-temporadas não são contabilizadas. Veja quais podem ter sido os fatores de duas temporadas ruins:

Continuidade no trabalho:

Em 2012, era o primeiro ano da LiFFA, todos envolvidos com o campeonato estavam muito animados, querendo jogar e mobilizando suas comunidades, só que o tempo passou. Em 2013 e 2014 a Liga já virou algo conhecido e quem não teve planejamento, dançou.
Rockers após sua terceira vitória em Petrópolis na sua história (foto: Facebook/Rockers)

Os Rockers não se divulgam na imprensa local e parece que ninguém conhece o time na cidade. Seus jogos têm cada vez menos gente e até os adversários, quando trazem torcida, fazem mais barulho. O principal é ter cada vez mais jogadores, Terê não consegue isso. Cada vez menos atletas frequentam seus treinos. É preciso estar presente sempre na tevê, jornal, revista, redes sociais. Isso chama novos atletas.

Linha Ofensiva:

A OL dos 'Homens de Pedra' nunca foi muito boa, só que com o passar desses dois anos piorou muito. Em 2012, a linha não jogava para proteger um QB, jogava para proteger Edgard, o pai desse time. Assim ele conseguiu ser o MVP da temporada de 2012 e, se tiver proteção, pode, quem sabe, chegar de novo a esse posto.
Edgard se arriscando fora do pocket contra os Krakens (foto: Palmeira Photography)
Em 2013 e 2014, Ed apanhou muito. Me lembro especificamente de dois jogos: contra o Wolves e Yetis na temporada passada. O camisa 16 sofreu dez sacks, além de sair duas vezes machucado contra os petropolitanos e contra os friburguenses também foi assim. Na ocasião foram seis sacks e duas saídas por dores.

Perda de pilares:

Quem acompanha o Rockers desde o começo lembra de peças importantes como: o QB Edgard, WR Bin, os TEs Biscoito e Pablo, o OL Farnum, o DL Selem, o LB Djair e os DBs Bonifácio e Pica-pau. Há mais jogadores que foram importante, mas a saída de Selem e Djair foi vital na defesa. O Defensive End, se estivesse jogando até hoje, seria um dos melhores da posição e poderia estar jogando em times do Rio. Djair era pra defesa o que Edgard é pro ataque, um pai, um líder.

Hoje, nas redes sociais, vemos que até Bernardo Bonifácio quer voar mais alto. Já posta fotos com a camisa do Madureira Mamutes - que será full-pads. Edgard pode estar de saída pois vai se casar e já mora no Rio de Janeiro. Cada peça que se vai é uma lacuna aberta.

Jogo corrido:

Sempre sobrecarregaram muito seu lançador, a perda de Davi e a ausência de Dão em vários jogos foram praticamente uma pá de cal no ataque. Não acharam mais um corredor. Usaram Drake, Rato e até OLs. Quem quer vencer, precisa de um ataque terrestre desenvolvido para desafogar as investidas aéreas.

Matheus Wilbert:

Não, Matheus não é o culpado. Gosto bastante dele como meu amigo e treinador. Ele se esforça muito para aprender cada vez mais do jogo. Em 2013, conseguiu melhorar o nível de jogo do ataque com Drake como quarterback, na ocasião ele era bem limitado.

Não creio que Matheus tenha culpa dessas quatro derrotas. Ele esbarra nos tópicos acima para ganhar jogos. Por causa das adversidades, ele faz algumas chamadas diferentes para tentar surpreender, mas não deram certo. 

Acredito bastante que essa temporada tenha servido para ele conhecer o grupo e se conseguir melhorar os defeitos, quem saber o time não evolui?

Meu medo:

Sempre respeitei muito esse time e não seria nada bom para a LiFFA não ter seu primeiro campeão na temporada que vem. Elenco diminuindo e falta de divulgação podem acarretar no FIM dos Rockers. Mas torcer para que a presidência reverta esse quadro de calamidade.

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