Nesse domingo (4), o Teresópolis Rockers jogou em casa contra o UFF-Niterói Federals. Os mandantes venceram por 19 a 13 em um jogo com emoções, confusões e muitos testes. A equipe de Niterói fechou os dois amistosos obrigatórios da LiFFA e está praticamente dentro, no meu ponto de vista. Os Rockers tem até o dia 31 de maio para realizar o amistoso fora de casa. A data foi estabelecida pelo colegiado do campeonato que montará a tabela e as divisões a partir dos times que cumpriram os pré-requisitos.
O jogo foi legal, mas os jogadores reclamavam demais, isso tirou um pouco do brilho da partida. Rockers e Federals abriram seus marcadores com interceptações para touchdown no segundo período. No terceiro quarto, o Rockers marcou um touchdown e foi seguido por outra pontuação máxima dos visitantes. No final de uma longa campanha o tight end Caio Ivo entrou na end zone e deu números finais ao turbulento confronto.
A mancha do jogo ficou por conta da falta flagrante do camisa 59 de Teresópolis. Com um tackle violento no pescoço o linebacker foi ejetado. Por causa da brutalidade do lance, a sideline dos Federals ficou inconformada e a partir daí começou o empurra-empurra. Mais de cinco minutos pra resolver questões extra-campo e posicionamento da bola, além de acalmar os ânimos. Com o final de jogo ficou tudo bem e ninguém se feriu. A agressão pode causar uma punição ao atleta. Que sirva de exemplo a situação vivida.
A vitória desse domingo foi muito especial para os teresopolitanos. Esse foi o primeiro jogo do time após o falecimento do quarterback Luiz Medeiros. A camisa do jovem foi usada por outro QB, Matheus do Valle.
Aos amigos "ansiosinhos" vou começar a análise:
Análise Rockers:
Para quem esperava ver Edgard, MVP de 2012, lançando ou até o estreante Drake, se deparou com o quarterback Matheus do Valle. O jogador deixou um pouco a desejar em aspectos como o lançamento e leitura de jogo, mas apareceu em bons momentos com passes razoáveis e até big plays.
O jogo corrido dos Rockers foi inexistente, se avançaram 20 jardas foi muito. Certamente a torcida sente falta do Dão e do Davi, grandes jogadores que já correram com a bola com o uniforme dos "homens de pedra".
Das contratações do pacotão, Matheus estreou como treinador e o ex-quarterback do Wolves, Drake, jogou como wide receiver, mas atuará como offensive weapon (atleta que atua em várias posições no ataque) nesta temporada. O petropolitano recebeu alguns passes, mas o destaque dos recebedores foi o camisa 15, Gustavo Ferreira. Esse wide receiver já não é nenhum garotão e recebia bolas em profundidade com excelência. Certamente é um alvo confiável. O TE Caio Ivo também teve boas aparições e mostra que é o futuro do time nessa posição.
A linha ofensiva do Rockers me impressionou positivamente e negativamente. Positivamente, pois jogou bem e mostrou disposição, mesmo cometendo algumas faltas. Negativamente, pelo fato de ter que improvisar jogadores de outras posições. Essa nunca foi a característica do Rockers, o que se passa?
A defesa foi bem e conseguiu parar de forma quase perfeita o jogo corrido dos Federals. O ex-safety e atual outside linebacker Pica-Pau se mostrou um exímio atleta para situações de blitz, foi muito bem. O ejetado OLB L. Alexandre foi bem, conseguiu interceptar, mas a ejeção manchou sua boa partida.
Na secundária não há muito o que dizer pois os Federals correram na maioria das vezes, mas quando requisitada os passes foram defletados. Bonifácio liderou a defesa como sempre, parece que depois que foi aprovado no Botafogo Reptiles o menino tá usando mais do trash talking.
No que diz respeito aos especialistas, Rockers foi Rockers. Abusaram dos fakes, pobres meninos de Niterói, mal sabem que o Rockers faz mais fake em field goal do que o Rio de Janeiro recebe turista. Resultado dessa brincadeira toda, um touchdown com o tight end Carlos Eduardo.
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| (foto: LiFFA) |
Análise Federals:
O que me surpreendeu foi a quantidade quarterbacks que o Federals possui no seu elenco, eu vi três ou quatro pelo menos. Fiquei com a impressão de que eles não tem um titular definido e estão usando bem essa pré-temporada para achar o lançador que pode levá-los para frente.
Muito falaram do jogo corrido dos Federals, mas não vi nada do que falaram, pois seu running back titular estava machucado e o linebacker Viana foi improvisado. Menino bom e com futuro, exerce muitas funções dentro do time, admirei. Uma pena para ele ter soltado a bola na campanha que poderia levar o time ao triunfo.
Os recebedores estiveram muitos apagados no jogo, por isso nem vou entrar em detalhes. A linha ofensiva do Federals tem um futuro brilhante, o que impressiona é a organização, mesmo se perdendo em bloqueios em alguns momentos. Se treinarem - certamente treinarão - podem ter o melhor grupo de OL's do torneio.
Partindo para um outro lado da linha, a defensiva, vemos bons jogadores como o defensive end camisa 71 que deu trabalho na direita do ataque teresopolitano, pressionou demais, sendo parado algumas vezes com falta.
Não adianta, Niterói não entra em blitz. Não me recordo de ver defensive backs ou linebackers "blitando", isso é raro em times da LiFFA. Por falar em DB's e LB's, a secundária do Federals foi irregular no jogo, conseguia boas marcações, mas cedia big plays, sendo essas grandes jogadas os momentos em que a equipe visitante foi castigada.
Apesar de ser pai de um dos atletas no Niterói Federals, tenho pouco conhecimento das regras do esporte e por isso tenho acompanhado os treinamentos e agora os jogos para poder compreender melhor e quem sabe ajudar de alguma forma. O que mais me deixou aborrecido com o jogo e talvez tenha sido o causador daquela explosão de violência gratuita do jogador do Teresópolis, foi a constante tentativa de intimidação feita por um dos integrantes do time de Teresópolis, chegando a beira da estupidez e inclusive inisitanto sua torcida que não teve o menor respeito com a torcida adversária e principalmente com a arbitragem da partida.
ResponderExcluirIsso não deveria ficar impune, mas parece que vai ficar. Uma pena, espero que não se repita.
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